Os Estados Unidos têm um novo
herói nacional: o jovem Keanon Lowe, um professor de 27 anos que desarmou e
abraçou um estudante de 18 anos que portava uma arma carregada dentro de um
prédio escolar.
O caso aconteceu em uma escola de
ensino médio no Oregon em maio passado, mas só veio a público nos últimos dias
graças a vídeo que mostra a ação de Lowe. Ele tem sido tratado como um herói
pela imprensa norte-americana à medida em que conseguiu evitar uma nova
tragédia estudantil no país.
Atentados como tiroteios em massa
nas escolas têm atormentado os Estados Unidos nas últimas décadas. O mais
conhecido é o Massacre de Columbine, de 1999, em que dois estudantes
assassinaram outras 13 pessoas antes de se matarem. O caso real inspirou obras
como o filme 'Elefante' (2003), do diretor Gus Van Sant. Situações do tipo
também são retratadas em outras produções, como o longa 'Precisamos Falar Sobre
o Kevin' (2011), da diretora Lynne Ramsay, baseado no livro de ficção de mesmo
nome lançado em 2003.
A edição americana do jornal
Metro contou que o aluno Angel Granados-Diaz, então com 18 anos, hoje com 19,
sofria de uma crise de saúde mental no momento em que levara a arma ao colégio.
Sua intenção seria tirar a própria vida. Segundo a polícia, diz o jornal, o
estudante não pretendia atirar em mais ninguém.
No vídeo divulgado, é possível
ver alunos gritando e correndo de uma sala de aula. Professor de futebol
americano e atletismo na escola, Lowe então sai com Granados-Diaz da sala. Ele
desarma o jovem, entregando a arma para outro professor, e o abraça.
Após o caso, o professor contou
em entrevista que passou alguns momentos com o adolescente antes da polícia
chegar. "Foi emocionante para ele, foi emocionante para mim. No momento,
eu senti compaixão por ele", pontuou.
"Muitas vezes, especialmente
quando você é jovem, você não percebe o que está fazendo até que isso acabe. Eu
falei para ele que estava salvando-o, que estava lá por uma razão e que a vida
dele valia a pena", completou.
Granados-Diaz foi condenado a uma
sentença probatória de três anos depois de se declarar culpado por posso de
arma em um prédio público e levar uma arma carregada em público.
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