O procurador-geral da República, Augusto Aras, 
afirmou, nesta quarta-feira, à imprensa que "não há nada" que vincule o 
presidente Jair Bolsonaro à investigação sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes,
 em março de 2018. Aras disse que o presidente é "vítima" de uma 
possível denunciação caluniosa e vai pedir ao Ministério Público Federal
 do Rio que investigue os motivos da acusação contra Bolsonaro.
Aras afirmou que o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da
 República já arquivaram uma notícia de fato, enviada ao STF pelo 
Ministério Público do Rio de Janeiro, que informava sobre a existência 
da menção ao nome do presidente na investigação sobre o assassinato da 
vereadora.
“Nos elementos informativos que o procurador-geral de Justiça do Rio 
de Janeiro encaminhou ao Supremo que encaminhou à Procuradoria Geral da 
República, não há nada que vincule o presidente da República a qualquer 
evento. Não há nada. A minha assessoria ouviu todos os áudios (relativos
 ao condomínio de Bolsonaro) e não nenhuma participação do presidente ou
 de indício da voz do presidente”, afirmou Aras.
O procurador-geral afirmou que aceitou o pedido do ministro da 
Justiça, Sérgio Moro, para apurar se houve "tentativa de envolvimento 
indevido" do nome do presidente Jair Bolsonaro no caso. Ontem, a TV 
Globo mostrou que registros do condomínio da Barra onde mora o 
presidente onde aparece que um dos suspeitos do assassinato da vereadora
 informou que iria a casa de Bolsonaro no dia do crime. O presidente, 
então deputado, estava em Brasília.
(Diário do Nordeste)



