Dois dos sobreviventes da queda do Edifício Andrea, no bairro Dionísio
Torres, em Fortaleza, receberam alta do Instituto Doutor José Frota,
unidade hospitalar onde estavam internados desde o desabamento. Mesmo
após a alta médica, segundo o hospital, Cleide Maria da Cruz Carvalho,
60 anos, e Gilson Moreira Gomes, 53 anos, vão continuar recebendo
atendimento ambulatorial no hospital para o tratamento das lesões.
O Edifício Andrea, situado em área nobre de Fortaleza, desabou no dia 15
de outubro deste ano. Nove pessoas morreram e sete pessoas foram
resgatadas com vida.
A diarista Cleide Maria não morava no edifício, mas trabalhava no
apartamento 101 do prédio no momento da tragédia. De acordo com o filho
dela, Leandro Carvalho, a mãe foi liberada da unidade hospitalar na
tarde de segunda-feira (4). "Na medida do possível ela está bem, está
estável. Ainda está sentindo febre, muita dor, está tomando medicação.
Vai fazer um repouso longo para poder ficar boa do pé", conta.
A diarista deve retornar ao hospital em cerca de 15 dias para retirar os
pinos da perna e começar a fisioterapia em seguida. Cleide também vai
passar por acompanhamento psicológico.
"É tudo muito complicado, porque é muito recente. Ela ainda está bem
abalada com o que aconteceu, preocupada com a vida. Ela era uma mulher
muito esperta, trabalhadora, perdeu o sustento do dia para a noite.
Estamos recebendo ajuda de familiares e amigos. Eu também estou
desempregado, espero voltar a trabalhar logo que possível, porque no
momento estou cuidando dela", conta Leandro.
Gilson Moreira Gomes também não morava no prédio, mas fazia compras no
mercadinho próximo ao edifício, que ficou destruído após ser atingido
pelos escombros do edifício. O filho dele, Nazareno Façanha, confirmou a
alta do pai dada também na segunda-feira (4), à noite. "Ele está se
recuperando bem, mas ainda sente dores. Ele vai continuar com o
tratamento fisioterapêutico no hospital", conta.
Já outra sobrevivente hospitalizada, a aposentada Antônia Peixoto
Coelho, 72 anos, segue internada no Hospital Otoclínica. Segundo
familiares, ela saiu da UTI. Na hora da ocorrência a idosa estava no
apartamento 601.
O POVO