Cachaça, marvada, caninha, pinga,
aguardente, água que passarinho não bebe... A bebida queridinha do
Brasil foi o centro de um crime registrado no interior de Minas Gerais
na segunda-feira (13/1). Em Frutal, cidade do Triângulo Mineiro com
cerca de 59 mil habitantes, um homem de 33 anos alega que foi obrigado,
durante um assalto, a beber dois litros de cachaça, sob ameaças.
O rapaz, que é natural de Barretos (SP), registrou boletim de ocorrência
na sede da 4ª Companhia de Polícia Militar da cidade mineira. Bêbado,
ele disse aos militares que foi vítima do roubo quando circulava de moto
por uma estrada nos arredores do município.
Segundo ele, cinco homens armados com
revólveres de cor prata e espingarda o interpelaram e o obrigaram a
consumir a bebida, que tem em média de 38% a 48% de teor alcóolico. Além
disso, eles levaram a moto, um celular, uma carteira de couro e R$ 970.
Os cinco suspeitos, contou o homem, estavam
em um Fiat Uno branco, de modelo antigo. A vítima afirma que, depois do
crime, seguiu, mesmo bêbado, a pé para a delegacia, onde registrou o
caso. O trajeto tem cerca de 10 km.
Em segundo relato, o homem diminuiu a
quantidade de assaltantes para quatro e afirmou que eles cobriam o rosto
com um pano branco.
Crime bárbaro
Em agosto do ano passado, a mesma cidade
mineira virou notícia nacional por causa de um crime bárbaro. Um homem
de 23 anos matou um colega de trabalho, de 45, decapitou a vítima e
caminhou pelas ruas de Frutal com a cabeça nas mãos.
Após o crime, ele tentou se matar, mas foi
impedido e detido pela Polícia Militar. Os dois trabalhavam em um
matadouro da cidade. O crime teria sido motivado por uma discussão em
uma festa em que os colegas de trabalho estavam.
Correio Braziliense