O caso é de uma estudante de 22
anos que esteve na cidade de Wuhan, na China, e retornou ao Brasil na última
sexta-feira (24/1). Estado de saúde dela é considerado ''bom''
(foto: TANG CHHIN SOTHY/AFP)
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O Ministério da Saúde confirmou,
nesta terça-feira (28/1), um caso suspeito de coronavírus no Brasil. A suspeita
é de uma estudante de 22 anos que esteve na cidade de Wuhan, na China, e
retornou ao Brasil na última sexta-feira (24/1). De acordo com a pasta, este é
o único caso no Brasil que é considerado suspeito do novo vírus. Segundo o
Ministério postou numa rede social, o estado de saúde da paciente é considerado
"bom" e que ela está em "isolamento".
De 3 a 27 de janeiro, o Centro de
Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS) Nacional
analisou 7063 rumores, sendo que 127 exigiram verificação por meio de
exames. "Não há evidências de que o
vírus está circulando no Brasil", informou o ministro em coletiva de
imprensa.
No entanto, a pasta acompanha o
caso de perto e afirma que 14 pessoas próximas da paciente estão sendo
monitoradas. "É um monitoramento clínico, que acontece por telefone,
WhatsApp e visitas para ver se há qualquer elevação de temperatura e sinal de
sintoma", explicou o ministro Luiz Henrique Mandetta.
De acordo com a pasta, a
estudante disse que não esteve no mercado de peixes da cidade, não teve contato
com nenhuma pessoa doente e não procurou nenhum serviço de saúde quando esteve
na cidade. O ministério confirmou também que o nível de alerta do Centro de
Operações de Emergência (COE), instalado na última quinta-feira (23/1), subiu.
Até nessa terça, o COE trabalhava com o nível de alerta 1 e passou para 2, em
uma escala de 1 a 3.
A jovem voltou ao Brasil na
última sexta-feira. O voo da jovem de 22 anos saiu de Wuhan, fez escala em
Paris e chegou ao Brasil pelo Aeroporto de Guarulhos. De Guarulhos, a jovem
ainda pegou outro voo até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em
Confins, onde desembarcou.
(foto: HECTOR RETAMAL / AFP )
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Perigo iminente
Com o caso suspeito, o ministério
confirmou também que o nível de alerta do Centro de Operações de Emergência
(COE), instalado na última quinta-feira (23/1), subiu. Até essa segunda-feira
(27/1), o Centro de Operações de Emergência (COE) trabalhava com o nível de
alerta 1 e passou para 2, em uma escala de 1 a 3.
"Estávamos até ontem no
nível 1. Na medida em nós identificamos o primeiro caso que se enquadrou na
definição de caso suspeito, nós estamos entrando no nível 2, de perigo
iminente. Caso um caso seja confirmado, declaramos emergência de saúde pública
e passamos para o nível 3", declarou o secretário de Vigilância em Saúde,
Wanderson Kléber de Oliveira.
O ministro da pasta afirmou que o
que muda nesta fase é o grau de vigilância, inclusive em portos e aeroportos e
que este alerta foi elevado por causa da mudança de definição de caso suspeito
feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, todas as pessoas
vindas da China nos últimos 14 dias, que apresentem febre e sintomas
respiratórios podem ser considerados suspeitos.
Por isso, o Ministério da Saúde
desaconselhou viagens para a China. "Não é recomendável que a pessoa se
exponha a esse vírus. Então, não sendo necessário, o ministério desenconselha
que se viaje para a China até que o quadro todo esteja bem definido",
reforçou Mandetta.