Uma ação organizada por várias igrejas evangélicas, envolvendo mais
de 200 voluntários, criou a oportunidade para que pessoas que vivem no
submundo das drogas pudessem se libertar da dependência química, saindo
da região paulista que ficou conhecida mundialmente como “Cracolândia”.
O
projeto realizado no último sábado (30) foi batizado de “Dia do Bem” e
teve como tema a palavra “Pescador”, em referência ao chamado de Jesus
Cristo aos seus apóstolos para que se tornassem “pescadores de almas”.
No
total, estiveram participando da ação mais de 20 representações de
igrejas e missões cristãs evangélicas, articuladas pela Rede Social do
Centro. Como resultado, 74 usuários de drogas resolveram aceitar a ajuda
para tratar a dependência química em um centro terapêutico sob a
orientação das igrejas.
“Poder ver os irmãos da igreja, as pessoas
da nossa comunidade e de outras estarem participando disso é, na
verdade, uma resposta ao que Deus quer; porque isso sempre esteve no
coração de Deus”, disse o pastor Daniel Yang em uma entrevista para a
Rádio Trans Mundial.
“A questão é nós ouvirmos a Deus e estar onde
Ele quer que a gente esteja”, completou o líder religioso. O pastor
Daniel Checchio, por sua vez, articulador da Rede Social do Centro e
líder da Comunidade Evangélica do Bixiga, destacou que às pessoas que
vivem na Cracolândia estão em uma condição de exclusão social, sendo
vital que a Igreja de Cristo alcance esse público no lugar onde ele se
encontra.
“Onde [essas pessoas] estão vivendo hoje, na
Cracolândia, elas estão totalmente fora da sociedade, excluídas. Ao
levá-las para comunidades terapêuticas, elas terão a oportunidade de se
reabilitar, tomar sua dignidade de volta e requalificar sua vida”, disse
Checchio.
Renê Palma, um dos voluntários que há cinco anos vivia
como dependente químico na Cracolândia, ressaltou como o amor de Deus
deve ser compartilhado de forma prática, oferecendo acolhimento,
compreensão e solidariedade para com os usuários de drogas.
Assim
como esse olhar de empatia fez a diferença para a vida de Renê anos
atrás, ele não tem dúvidas de que essa deve ser uma responsabilidade
indissociável da Igreja de Cristo.
“Cada pessoa é uma lágrima de
gratidão. Meu coração chora porque só eu sei a dor que é querer sair e
não ter ajuda. Não adianta a gente andar com uma Bíblia debaixo do
braço, passar por uma pessoa nessa situação e fingir que não viu. A
Igreja ama incondicionalmente, como Cristo amou”,
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