Após a aprovação da reforma da Previdência em 2019, o Governo Bolsonaro prometeu para 2020 tirar do papel mais duas reformas -a tributária e administrativa. O andamento das propostas ainda é uma incógnita, pois não há ainda acordo sobre os textos que vão ser analisados. Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atualizou o setor produtivo do Rio de Janeiro sobre o calendário das próximas votações.
Em palestra para empresários na Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (Firjan), ele disse que espera aprovar a reforma administrativa
ainda no primeiro semestre deste ano. Ele ressaltou, no entanto, que as
disputas em torno da reforma tributária, já em tramitação na Casa, devem
ser maiores do que as da administrativa, mesmo admitindo que pode haver
conflito com os servidores públicos.
"Claro que todos os sistemas onde a gente tem distorções eles estão
beneficiando alguém e prejudicando milhões. Não é diferente nem no
administrativo nem no tributário. Então, enfrentamentos nós teremos,
mais no tributário do que no administrativo, já que o Governo decidiu
que é melhor uma reforma para os novos servidores".
Para Maia, o fato de a proposta de reforma administrativa tratar apenas
dos novos servidores vai ajudar a diminuir os conflitos, "para que a
gente possa concentrar nossos esforços na reforma tributária".
O deputado disse aos empresários que a base da discussão da reforma
tributária será a Proposta de Emenda à Constituição 45/2019, do deputado
Baleia Rossi (MDB-SP). Maia alertou que, se a reforma tributária não
for aprovada, o Brasil não vai crescer.
O presidente da Câmara dos Deputados disse que o debate não pode ser
feito com soluções que beneficiem apenas uma parcela da população.
Maia se disse confiante na criação de um imposto sobre valor agregado
(IVA) nacional, com uma transição de 10 anos no sistema tributário.
UOL



