Francisco Erivan Rangel Filho, conhecido por “Pantico”, e José Ribeiro Duarte, o "Rogai", acusados de matar a agricultora Aparecida Ferreira Lima Rangel em 14 de janeiro de 2018, foram condenados, respectivamente, a 30 anos e 22 anos de prisão.
O marido da vítima, Francisco Erivan, foi condenado a
um tempo de prisão maior porque, segundo o júri, embora fosse casado
com a vítima há 20 anos, teria agido com crueldade e frieza,
premeditando o crime.
Inicialmente, a suspeita era de que o companheiro da agricultora
teria cometido um feminicídio motivado por um ciúmes sem controle,
relatado por familiares em depoimentos.
Já Erivan chegou a dar um depoimento falso,
declarando que ele e sua companheira estavam voltando de um balneário
numa motocicleta na noite do crime, quando ela, que estava na garupa da
moto, se desequilibrou e caiu na rodovia CE-288, sendo atropelada por um outro veículo.
Porém, uma denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE)
apontou interesse financeiro como a motivação para o assassinato. De
acordo o MPCE, Erivan fez um seguro de vida para ela em novembro de 2017
e colocou-se como beneficiário de um prêmio no valor de R$ 800 mil.
Para a polícia, foi justamente este seguro o que teria motivado o crime.
Quanto à pena de José Ribeiro, o júri considerou que ele aceitou
receber o valor de R$ 400 como forma de pagamento para tirar a vida da
agricultora. A ideia era que simulasse um assalto e, em seguida, matasse
a mulher.
Os dois homens acusados pelo crime de feminicídio foram a júri popular nesta terça-feira (10).
O julgamento durou mais de 12 horas, com início às 10h30 e fim às 23h,
no Fórum Desembargador Jaime de Alencar Araripe, na mesma cidade.
(Diário do Nordeste)