A agência que regulamenta medicamentos nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), está testando um tratamento experimental contra a Covid-19 usando plasma de pacientes que já se recuperaram da doença provocada pelo novo coronavírus. Um estudo feito com cinco pacientes graves internados em um hospital da China, usando o mesmo método, já demonstrou eficiência.
O plasma é a parte líquida do sangue. O uso desta substância retirada de
pacientes recuperados já foi usado com sucesso em surtos de outras
infecções respiratórias, incluindo a pandemia do vírus influenza H1N1,
que ocorreu entre 2009 e 2010; a epidemia de Síndrome Aguda Respiratória
(chamada de Sars-CoV-1), em 2003; e a epidemia de síndrome respiratória
do Oriente médio (Mers-CoV), de 2012.
Em meio à urgência da pandemia do novo coronavírus, a FDA está liberando
o uso emergencial de plasma de pacientes recuperados para serem usados
naqueles que estão com o quadro grave da doença, enquanto estudos mais
completos ainda estão sendo desenvolvidos.
"Esse processo [liberado pela agência] permite o uso de um medicamento
sob investigação para o tratamento de um paciente individual feito por
um médico licenciado, mediante autorização da FDA. Isso não inclui o uso
de plasma convalescente da Covid-19 para a prevenção de infecção",
afirma a instituição.
Segundo a agência americana, "embora promissor, o plasma convalescente
não demonstrou ser eficaz em todas as doenças estudadas." De acordo com a
FDA, "é importante determinar, por meio de ensaios clínicos (...) o que
é seguro e eficaz de fazer."