Fotógrafo é investigado por importunação sexual contra mulheres em Fortaleza


O convite para um ensaio fotográfico sensual se transformou em um caso investigado pelas autoridades. Nesta terça-feira (21), uma vítima, com identidade preservada, prestou denúncia contra um fotógrafo que teria importunado sexualmente diversas mulheres em Fortaleza. 

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza um boletim de ocorrência acerca do caso. A informação divulgada pelas vítimas é de que o suspeito da importunação vem cometendo o crime há anos e já teria feito dezenas de vítimas do mesmo tipo de crime.

Nos últimos dias, após o relato de uma das vítimas que decidiu expor as importunações vivenciadas por ela, diversos outros casos envolvendo o mesmo suspeito surgiram nas redes sociais. A estudante Thuila Brito, de 20 anos, publicou nas suas redes sociais que também foi vítima do fotógrafo em fevereiro de 2019. O relato da jovem encorajou que diversas outras pessoas também acusassem o fotógrafo.

Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, Thuila disse ter sabido de assédios ocorridos em diversos anos, a partir de 2014. Ela conta ter conhecido o fotógrafo por meio da internet. Começou a segui-lo no Instagram por gostar das fotos profissionais tiradas por ele. Foi então que ela recebeu a primeira proposta.

"Ano passado uma menina postou uma foto muito bonita e disse ter sido tirada por ele. Comecei a seguir. Ele veio falar comigo e pediu para fazer uma foto minha. Eu aceitei. Aí ele perguntou que tipo de foto eu tinha em mente e eu falei que gostaria que fosse na praia. Ele fez a proposta de ser em um quarto de hotel. Eu disse que não, queria que fosse na praia mesmo. Depois, ele perguntou se eu já tinha tirado uma foto sensual e se podia enviar para ele. Não enviei. Ele começou a questionar a minha sexualidade. Passei a não responder mais e ele começou a ligar para mim durante a madrugada. Bloqueei de todas as redes sociais", contou Thuila.

A estudante afirma conhecer a história de outras duas jovens que teriam sido vítimas do mesmo suspeito. Para ela, o fotógrafo precisa ser preso e não ter mais o direito de fotografar. "Eu não denunciei porque não cheguei a ter nenhum contato físico com ele. Mas agora já sei de histórias piores", acrescentou.

A reportagem tentou entrar em contato com o fotógrafo suspeito das importunações sexuais, mas as ligações não foram atendidas. Por nota, a Polícia Civil do Ceará informou que trabalha para identificar outras possíveis vítimas do crime.


(Diário do Nordeste)

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