O novo coronavírus é rapidamente
destruído pela luz do sol, de acordo com um novo estudo anunciado por uma
autoridade dos EUA nesta quinta-feira(23/4), que traz esperança de que sua
propagação possa diminuir durante o verão.
William Bryan, consultor de
ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Interna, disse a repórteres
na Casa Branca que cientistas do governo descobriram que os raios ultravioletas
têm um impacto potente.
"Nossa observação mais
impressionante até o momento é o poderoso efeito que a luz solar parece ter
sobre a morte do vírus, tanto na superfície quanto no ar", disse ele.
"Vimos um efeito semelhante
tanto com a temperatura quanto com a umidade, o aumento da temperatura ou da
umidade ou ambas é geralmente menos favorável ao vírus".
Ele então mostrou um slide
resumindo os resultados do experimento realizado no Centro Nacional de Análise
e Contramedidas da Biodefesa.
Ele mostrou que a meia-vida do
vírus - o tempo necessário para reduzir sua quantidade à metade- foi de 18
horas quando a temperatura estava de 21 a 24 graus Celsius com uma umidade de
20% em uma superfície não porosa.
Isso inclui superfícies como
maçanetas e aço inoxidável.
Mas a meia-vida caiu para seis
horas quando a umidade subiu para 80% - e apenas dois minutos quando a luz
solar foi adicionada à equação.
Quando o vírus foi suspenso no
ar, em aerossol, a meia-vida foi de uma hora quando a temperatura estava de 70
a 75 graus com 20% de umidade.
Na presença da luz do sol, o
tempo caiu para apenas um minuto e meio.
Bryan concluiu que as condições
do verão "criarão um ambiente com uma transmissão que pode ser
reduzida".
Mas ele alertou que a propagação
reduzida não significa que o patógeno seria eliminado completamente e que as
medidas de distanciamento social não podem ser totalmente levantadas.
"Seria irresponsável dizer
que percebemos que o verão matará totalmente o vírus e que as pessoas poderiam
ignoram essas diretrizes", afirmou.