PCCE orienta pais e responsáveis de crianças e adolescentes sobre crimes virtuais


Por causa da atual situação de saúde enfrentada por diversos países do mundo, incluindo o Brasil, em razão da propagação do novo coronavírus (Covid-19), as crianças e os adolescentes (e toda a família) se encontram em casa, passando por um período de isolamento social. A medida tem como objetivo evitar a disseminação do vírus. Diante desse cenário, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescentes (Dceca), orienta pais e responsáveis dos menores de idade com dicas para protegê-los contra crimes virtuais.

Durante esse período, é importante redobrar a atenção e o acompanhamento diário, pois as crianças e os adolescentes estão sendo muito mais expostos por estarem mais tempo na internet. Como sugestão aos pais e responsáveis, também se orienta que eles realizem outras atividades que não utilizem o meio eletrônico, a fim de ocuparem o tempo livre. Mas, se não for possível evitar que eles passem muito tempo na Internet, observe as dicas a seguir.

A delegada Aline Moreira, titular da Dceca, da PCCE, destaca alguns pontos a serem observados pelos pais, enquanto seus filhos estão navegando na web, a fim de evitar que eles sejam vítimas de um criminoso em ambiente virtual.

A primeira dica é sempre estar atento aos sites acessados pelas crianças ou adolescentes, que podem ter contato com páginas de conteúdo impróprio, como pornografia e violência, além de correntes ou desafios que induzem a práticas de automutilação, e consequentemente, que causam riscos à vida. Nesse ambiente que demanda cuidado, algumas pessoas agem de má-fé, sob a falsa sensação de anonimato. Por isso, o acompanhamento dos pais sobre quais pessoas estão se relacionando com seus filhos é fundamental para evitar aliciamentos, chantagens e outras práticas criminosas. Por isso, é sempre indicado que os pais vinculem um e-mail pessoal ao e-mail do usuário utilizado pela criança ou adolescente, o que permitirá o acesso integral dos conteúdos navegados. Outra orientação é observar a faixa etária dos aplicativos, redes sociais, vídeos e games.

“A melhor maneira de evitar que esse crime aconteça em ambiente virtual é que os pais estejam sempre atentos, orientando e dialogando com as crianças e adolescente sobre o que pode ser feito e o que não pode. Antigamente, tínhamos o cuidado de não conversar com estranhos na rua e isso também se aplica ao mundo virtual. Então, a partir do momento que aquela criança ou adolescente acessa à internet, seja por celular ou computador, eles têm a chance de conversar com estranhos do mundo inteiro, seja de qual cidade for. E isso exige o estabelecimento de algumas regras e o reforço de cuidados”, explica a delegada Aline Moreira.

A delegada orienta ainda sobre como as pessoas devem proceder caso se deparem com alguma situação envolvendo seus filhos na internet. “O ideal é identificar que tipo de perigo é esse. Se os pais concluírem que é algo mais grave, eles podem se dirigir à delegacia de Polícia Civil, onde o caso será registrado e analisado pela autoridade policial. O delegado verificará se é algo de cunho criminoso, que será investigado, ou se é algo que deve ser resolvido dentro do âmbito familiar”, pontua.

Imagens expostas na internet

A PCCE também alerta para a exposição excessiva de crianças e de suas rotinas na internet. O crescimento de algumas redes sociais e a monetização de algumas contas têm gerado o aumento de contas administradas por pais, que publicam fotos de seus (suas) filho(a)s em perfis criados especificamente com essa finalidade. Por isso, é sempre importante que os adultos estejam atentos ao tipo de imagem reproduzida, pois há o risco do material exposto ser replicado em redes de pedofilia.

A delegada titular da Dceca ressalta ainda o risco de expor o dia a dia do(a)s filho(a)s e a privacidade da família. “As pessoas devem evitar expor suas rotinas, como horário de saída e de volta para casa, qual colégio a criança ou o adolescente estuda, bem como fotos com fardas da escola ou de cursos frequentados por eles, porque essas informações facilitam a prática de crimes”, destaca.

Por último, visando preservar o acesso de pessoas estranhas às postagens, a PCCE destaca a importância da utilização das configurações de privacidade, restringindo o público que deverá acessar o conteúdo compartilhado, e também a ferramenta conhecida por controle parental. Ou seja, os pais podem controlar o conteúdo acessado pelo(a)s filho(a)s. O recurso é disponibilizado em configurações de sistemas operacionais, sites ou que podem ser instalados por meio de aplicativos pagos ou gratuitos.


(SSPDS)

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