Estratégia usada para evitar doenças respiratórias graves em crianças, o
Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, potencializou a imunização de
bebês contra o vírus sincicial respiratório. O organismo causa uma
infecção grave capaz de afetar os pulmões e os brônquios do paciente. A
medida atende, também, recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP), que pediu o reforço nesta aplicação como estratégia importante
em meio a pandemia.
Cerca de 80 crianças estão recebendo doses do medicamento, que protege o
bebê contra o vírus ao longo da quadra chuvosa (fevereiro a março). O
ciclo de aplicação começou em fevereiro e segue até julho. Prematuros
infectados no primeiro ano de vida geralmente desenvolvem bronquiolite
aguda e pneumonia. Já nos prematuras com doença pulmonar crônica ou
cardíaca congênita, o vírus pode piorar o quadro e ocasionar a
internação da criança.
“Descartamos a possibilidade de ela ser internada e, com isso, de
adquirir outras doenças”, explica a coordenadora de enfermagem da
Neonatologia do HRN, Cristiane Lemos. “A palivizumab (anticorpo
utilizado) é uma estratégia que tem que ser fortalecida e funciona
semelhante à vacina da H1N1, mas é um medicamento melhorado. Enquanto a
vacina da H1N1 ajuda o corpo a desenvolver a imunidade, a palivizumab já
aplica a imunidade pronta”.
O HRN foi o primeiro hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) no
interior do Ceará a contar com a medicação. Este é o segundo ano seguido
que a imunização é feita. Em 2019, mais de 70 crianças da região Norte
foram imunizadas.
Força-tarefa
Para evitar aglomerações, as doses do medicamento estão sendo aplicadas
nesta segunda-feira (27) e amanhã (28), em horários previamente
agendados pelo Hospital Regional. O público-alvo para aplicações são
bebês prematuros nascidos com menos de 29 semanas e que tenham menos de
um ano de idade, além de crianças menores de dois anos com doença
pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita.
A Voz de Santa Quitéria