Fontes no Supremo não
descartam que o ministro Celso de Mello autorize a Polícia Federal a cumprir
mandados de busca e apreensão na sede do Executivo
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Celso de Mello pode solicitar
que a PF faça a apreensão de computadores, pen drives e fitas de vídeo(foto:
Carlos Moura/SCO/STF)
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A Presidência tem até o fim
desta sexta-feira (8/5) para cumprir a determinação do ministro Celso de Mello
e entregar a íntegra do vídeo gravado durante a reunião do dia 22 de abril, no
Palácio do Planalto. Dois pedidos da Advocacia Geral da União (AGU) tentam
suspender a entrega do material ou enviar à Corte um vídeo editado.
De acordo com uma fonte no
Supremo, a decisão de momento do magistrado é ignorar esses pedidos e deixar o
prazo vencer. Caso a AGU não envie o vídeo, Celso de Mello pode solicitar que a
Polícia Federal vá até o Planalto recolher o arquivo da gravação, se preciso,
com a apreensão de computadores, pen drives e fitas de vídeo.
A operação seria realizada no
arquivos da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), onde se avalia
que está armazenado conteúdo que foi registrado para posterior divulgação, e
por isso, não teria caráter de sigilo.
Existem dois pedidos para que
o vídeo seja entregue na íntegra, um dos advogados do ex-ministro Sergio Moro e
outro do advogado Ricardo Bretanha Schmidt.
As imagens se referem à
reunião entre Moro, Bolsonaro e demais ministros do governo. No encontro, de
acordo com o ex-ministro da Justiça, o presidente pediu acesso a relatórios de
inteligência policial e exigiu a troca na superintendência da PF no Rio,
ameaçando demitir Moro se a determinação não fosse cumprida.



