A Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) apreendeu 53 cadeiras
que estavam sendo utilizadas para a venda de lugares em filas para
receber o auxílio emergencial na madrugada desta quarta-feira (6).
Ninguém foi detido.
Desde o início dos saques, agências da Caixa de Fortaleza e cidades do interior têm registrado longas filas e aglomerações.
Em alguns casos, pessoas dormiram na porta do banco para tentar
conseguir senhas e sacar o benefício de R$ 600. Por causa da pandemia,
algumas pessoas usam máscaras, no entanto também é possível observar
beneficiários sem proteção, o que aumenta o risco de contaminação da
doença.
A aglomeração, contudo, contraria a recomendação de autoridades de
saúde de distanciamento mínimo para frear a pandemia do novo
coronavírus.
O maior volume de cadeiras, bancos de plásticos, banquetas e cavaletes
foi constatado nas agências dos bairros Messejana e Parangaba. Os
objetos ficavam marcando os lugares nas filas para serem vendidos.
Na agência da Messejana, por exemplo, onde foram apreendidos os
materiais, os beneficiários passam a noite no local à espera de
atendimento. Eles denunciam que outras pessoas ficam na fila para vender
o lugar.
A ação da Agefis foi realizada em 20 agências da Caixa Econômica na
capital. Além dos agentes de fiscalização, a operação também contou com
apoio da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), da Inspetoria de Proteção
Ambiental da Guarda Municipal (IPAM) e Batalhão de Polícia de Meio
Ambiente (BPMA).
(G1/CE)