A Justiça Federal de Brasília deu 72 horas para que o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) explique a mudança no comando da Polícia Federal
no Rio de Janeiro. A decisão foi publicada nesta terça-feira (5), mesmo
dia em que o chefe do Executivo confirmou a saída de Carlos Henrique
Oliveira do cargo de superintendente da corporação no estado.
À reportagem, a Advocacia-Geral da União informou que não foi notificada
da decisão e que tomará "as medidas judiciais cabíveis".
A medida judicial atende a um pedido de um dos coordenadores do
Movimento Brasil Livre (MBL), Rubens Nunes. Ele questionou a legalidade
da substituição do cargo, que é considerado estratégico em
investigações.
Como novo superintende da PF no Rio de Janeiro foi escolhido o delegado
Tácio Muzzi. O substituto foi indicado pelo novo diretor-geral da
Polícia Federal, Rolando de Souza.
A troca de comando também será investigada pela Procuradoria Geral da
República (PGR). A análise será um desdobramento dentro do inquérito
aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a suposta
interferência política do presidente Jair Bolsonaro na autonomia da
Polícia Federal, após a demissão do ex-ministro Sergio Moro.
UOL