Um novo aumento no número de casos e internações por Covid-19 foi
registrado em diversos países semanas após reabrirem suas economias. O
fenômeno, caracterizado como uma 2ª onda de infecções, já vinha sendo
alertado por cientistas desde o início da pandemia de coronavírus.
No Brasil, um grupo de pesquisadores formado pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), publicou na revista
científica Fapesp uma análise sobre uma possível nova onda no país.
A projeção feita pela equipe ainda em março considerou o aumento da
movimentação do vírus nas metrópoles. Com a reabertura econômica adotada
por vários estados e cidades brasileiras, as chances de uma crescente
no número de infecções é alta.
Confira, a seguir, onde já foram confirmadas novas ondas de Covid-19:
Estados Unidos
Várias unidades federativas nos Estado Unidos registraram aumento de
casos e internações em decorrência da Covid-19. Novas infecções foram
notificadas em 22 estados do país, semanas após promoverem processos de
reabertura econômica.
A governadora de Oregon, um dos estados afetados pela crescente de
contágios, teve que suspender o processo de readequação das atividades
comerciais por uma semana, na tentativa de conter o novo surto.
Apesar da preocupação com os efeitos dos novos casos, o presidente
Donald Trump anunciou que realizará um comício no dia 19, em campanha
pela reeleição. O evento, com aglomeração, ocorrerá no estado de
Oklahoma, um dos que registraram uma 2ª onda.
Itália
Dois novos focos da Covid-19, em Roma, passaram a preocupar o governo
italiano. Um deles é um hospital da região que registrou, nos últimos
dias, 104 novos casos e cinco mortes, duas delas entre sexta-feira (12) e
este sábado (13).
Além deles, um prédio ocupado de forma irregular por imigrantes,
principalmente, teve nove de seus cerca de 100 moradores diagnosticados
com coronavírus. Eles foram transferidos a unidades de saúde e a
edificação foi isolada por policiais.
Suécia
Criticada por adotar medidas mais relaxadas de isolamento social, a
Suécia registrou o maior número de mortes per capita da Europa na última
semana de maio.
Apesar de ter diminuído esse índice nas semanas seguintes, o país - que
chegou a ser citado por Jair Bolsonaro como um exemplo a ser seguido -
ainda está no 5º lugar da lista de maiores taxas de mortalidade do
continente. Ou seja, a cada 100.000 habitantes, 48 vão a óbito na nação
escandinava.
Coreia do Sul
Um dos países mais bem-sucedidos em conter a pandemia em seu território,
virando exemplo internacional, teve que adotar novamente medidas de
isolamento na região de Seual, sua capital, após nova onda de Covid-19.
Em 28 de maio, no terceiro dia seguido de aumento casos, o país
registrou 79 novas infecções na localidades, maior índice desde abril.
Dessa forma, apenas após três semanas da reabertura econômica na Coreia
do Sul, a nação asiática teve que retomar o fechamento de museus,
parques e galerias de arte.
Japão
Naquela semana de maio, na sexta-feira (29), outro gigante asiático
passou pelo mesmo fenômeno: o Japão registrou, em um dia, 74 novos
casos. As localidades de Kita-Kyushu, no sul do país, e Tóquio, a
capital, se destacam: as duas, juntas, registraram 22 casos no período
observado.
O Japão jamais adotou medidas rígidas de isolamento social, nem investiu
em programas mais sofisticados de controle e rastreamento do vírus.
UOL