Índia e Coreia do Sul autorizam uso do antiviral remdesivir em pacientes da Covid-19

O Remdesivir é uma droga que foi desenvolvida para combater o vírus do Ebola e vem sendo testada contra novo coronavírus 
 A Índia e a Coreia do Sul autorizaram formalmente o uso do antiviral remdesivir no tratamento de pacientes graves da Covid-19. Os dois países, agora, se juntam a outros países que já liberaram o uso do fármaco em caráter experimental, embora não haja consenso na comunidade científica sobre um tratamento eficaz para a doença.

Estados Unidos, Reino Unido e Japão tratam pacientes com o fármaco, enquanto a União Europeia negocia condições com a farmacêutica americana responsável pela fórmula, a Gilead. No mês passado, o Instituto Nacional de Saúde (NIH) americano anunciou que testes do remdesivir mostraram que o medicamento oferece mais benefício para pacientes da Covid-19 que precisam de mais oxigênio, mas que não necessitam de ventilação mecânica.

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No caso da Índia, país de 1,3 bilhão de habitantes que vê sua curva epidemiológica crescendo em ritmo acelerado — já são 208.709 casos, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA) —, o uso do remdesivir será restirto a casos emergenciais e limitado a cinco doses. A droga, que é administrada de forma intravenosa em hospitais, foi oficialmente liberada na última segunda-feira pelo governo indiano. Companhias farmacêuticas indianas já firmaram parcerias com a Gilead, que prevê o fornecimento de remédios a partir de julho.

A Coreia do Sul, país tido como modelo na contenção do coronavírus, autorizou o uso do remdesivir com base nas evidências de que o remédio é "clinicamente significativo" na redução do tempo de recuperação dos pacientes, informou o ministério da Segurança Alimentar e Médica. O governo vai colaborar com a empresa Gilead Sciences para importar o medicamento, mas não informou o preço nem as quantidades.

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O país tem 11.590 casos confirmados e 273 mortos. Mais de 800 pacientes permanecem em tratamento ou observação. O governo sul-coreano determinou regras a serem seguidas pelos médicos, que poderão administrar uma dose por dia, totalizando cinco entre pacientes morerados e dez em doentes em estado grave e com insuficiência respiratoria. Os hospitais deverão, ainda, avaliar ao funcionamento do fígado antes de administrar o tratamento, uma vez que o remédio pode aumentar o nível de enzimas hepáticas.

Na última segunda-feira, a Gilead divulgou números de um estudo desenvolvido para avaliar a segurança e eficácia de um tratamento de 5 e 10 dias com Remdesivir, em atendimento a pacientes com a Covid-19 moderada, em comparação com o do atendimento padrão feito isoladamente.
No dia 11, uma proporção maior de pacientes no grupo de tratamento de 5 dias alcançou melhora no estado clínico em relação ao grupo de tratamento padrão, informou a Gilead. O remdesivir foi criado para atuar como um antiviral de espectro amplo, ou seja, capaz de interromper a síntese de material genético de vários vírus. A intenção original era combater o ebola, mas os resultados não se mostraram promissores.

 Extra

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