Estudantes não passaram no procedimento de heteroidentificação, quando são consideradas por uma comissão as características fenotípicas do aluno 
A Universidade Federal do Ceará (UFC) cancelou a 
matrícula de 13 alunos que ingressaram na instituição por meio das vagas
 reservadas aos estudantes cotistas pretos, pardos ou indígenas, após 
constatar irregularidades durante procedimento de heteroidentificação. A
 informação foi divulgada no site da universidade, na noite desta 
quinta-feira (4).
Conforme a instituição de ensino superior, em 2019, 14 estudantes 
foram convocados no sistema de cotas e apenas um foi considerado 
cotista. Já em 2020, a primeira etapa foi iniciada no dia 27 de 
fevereiro, com 20 alunos convocados. O procedimento ainda está em 
execução, em sua fase de recurso. O processo é sigiloso.
Segundo a UFC, os pedidos de enquadramento de alunos
 que ingressaram na Universidade por meio das vagas reservadas aos 
estudantes cotistas são verificados após denúncias recebidas na Ouvidoria Geral da Instituição, órgão responsável por receber, encaminhar e acompanhar os casos a fim de que sejam devidamente apurados.
Os estudantes são, então, encaminhados à comissão de 
heteroidentificação, formada por 15 membros, dos quais cinco compõem a 
comissão principal, cinco a comissão revisional e cinco são suplentes. 
Durante o procedimento, são consideradas pela comissão as 
características fenotípicas do aluno. 
Todos os estudantes que ingressaram pelas cotas reservadas a pretos e
 pardos poderão ser convocados a qualquer momento para a realização do 
procedimento.  
Ainda de acordo com a UFC, a instituição parte do 
pressuposto legal de validade do termo de autodeclaração assinado pelo 
candidato no ato de matrícula na Instituição.
Diário do Nordeste
 

 
 
 



 
 
