Sete pessoas foram detidas, neste domingo (7), durante a manifestação
contra o racismo, fascismo e contra o presidente Jair Bolsonaro em
Fortaleza, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS). Uma mulher foi presa por desacato e outras seis pessoas
responderão a Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs), duas por
uso de drogas e as outras por descumprirem o decreto de isolamento
social.
O ato reuniu algumas pessoas na Avenida Desembargador Moreira, no
Bairro Meireles, durante a tarde. As detenções ocorreram após furarem o
bloqueio da polícia. Antes, a Defensoria Pública do Ceará informou que
10 pessoas haviam sido detidas, das quais 9 foram liberadas, de acordo
com o órgão público.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS), o
local da manifestação foi isolado "de forma preventiva" para garantir o
cumprimento do decreto de isolamento social em vigor no estado. O órgão
não confirmou quantas pessoas foram detidas, mas disse que "as
ocorrências registradas na região serão encaminhadas para o 2º Distrito
Policial da Polícia Civil". Lá, diz a SSPDS, "cada caso será avaliado e
será feito o procedimento devido".
A manifestação foi marcada como um ato pacífico, com concentração na
Praça Portugal. Contudo, um forte aparato policial impediu que o grupo
chegasse ao local. Quando algumas pessoas furaram o bloqueio, houve
correria e alguns deles foram detidos.
As pessoas que estavam no protesto fizeram apelos para que o
distanciamento social recomendado fosse respeitado. Após a confusão, os
manifestantes seguiram em caminhada em direção à Praia de Iracema. Nos
prédios dos arredores da Praça Portugal, moradores aplaudiram
manifestantes e gritaram palavras de apoio ao ato.
(G1/CE)