O Tribunal Superior Eleitoral decidiu arquivar nesta terça-feira, 23, uma ação que pedia a cassação da chapa Jair Bolsonaro–Hamilton Mourão em razão da suposta utilização irregular de outdoors durante a campanha presidencial de 2018. A ação havia sido apresentada pela chapa liderada pelo candidato Fernando Haddad (PT), que argumenta que a campanha vencedora estava envolvida na colocação de peças publicitárias em 33 municípios de 13 estados, já que todas apresentavam semelhanças.
A maioria dos ministros entendeu que não poderia se atribuir à chapa a
responsabilidade pela colocação de outdoors e que o episódio não teve o
condão de impactar significativamente o resultado da eleição.
Há ainda outras cinco ações na Corte pedindo a cassação da chapa. Duas
delas, apresentadas pelas coligações dos ex-presidenciáveis Marina Silva
(Rede) e Guilherme Boulos (PSOL), acusam a chapa Bolsonaro-Mourão de
abuso eleitoral na invasão hacker da página “Mulheres Unidas contra
Bolsonaro”, no Facebook, em setembro de 2018, em meio à campanha
eleitoral.
Outras quatro ações, duas movidas pelo PT e duas pelo PDT, acusam a
campanha de Bolsonaro de caixa dois, abuso de poder econômico e uso
indevido de meios de comunicação digitais no disparo em massa de
mensagens no WhatsApp. Esses processos são os que mais preocupam o
governo depois que o PT pediu que fossem compartilhadas as provas do
inquérito que apura a disseminação de notícias falsas e ataques virtuais
a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e familiares deles, entre
outras autoridades, em tramitação no Supremo.
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