Profissionais da saúde participam de manifestação em defesa
dos trabalhadores do setor, da democracia e da manutenção do Sistema
Único de Saúde (SUS) na manhã deste domingo, 21. O momento ocorreu no Aterro da Praia de Iracema, juntando-se a ato nacional de médicos e médicas.
Cinquenta cruzes foram colocadas na areia ao lado da estátua de Iracema Guardiã, simbolizando e prestando homenagem aos mais de 50 mil de brasileiros vitimados pela Covid-19. Além disto, o grupo protesta contra ações do governo Bolsonaro diante da pandemia.
"Decidimos fazer esse ato diante da postura do Governo
Federal em relação à pandemia. Passamos das 50 mil mortes, e a gente
entende que elas seriam evitadas se tivéssemos políticas de saúde
efetivas no combate ao coronavírus", explica Tais Matos, médica
de família e integrante dos grupos que organizaram o evento. Ela lembra
o negacionismo e a falta de investimentos públicos, além da falta de
equipamentos de proteção individual para médico e enfermeiros. "Talvez
sejamos o país com mais mortes de profissionais de saúde e isso agrava a
crise sanitária."
Durante a manifestação parte dos fortalezenses que circulavam
pela orla pararam para demonstrar seu apoio ou sua contrariedade ao ato.
Junto a gritos desmerecedores e pessoas segurando bandeiras do Brasil,
os profissionais também receberam aplausos e reconhecimento de seu
trabalho. Atos simbólicos em locais públicos também estavam
marcados para este domingo em diversas capitais, entre elas Brasília,
Recife, Maceió, Aracajú, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis e
Cuiabá.
No Estado, a ação é realizada pela Associação Brasileira de Médicas e
Médicos pela Democracia - Ceará e pela Rede Nacional de Médica e
Médicos Populares - Ceará. Outras seis entidades apoiam o movimento.
Entre elas, estão os centros acadêmicos da Universidade Federal do Ceará
(UFC) e da Universidade de Fortaleza (Unifor).
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