Pesquisadores da Universidade de Oxford anunciaram nesta segunda-feira (20) que a vacina contra o coronavírus produzida pela universidade britânica, testada no Brasil, no Reino Unido e na África do Sul, é segura e induziu resposta imune. As informações são do portal G1.
Os resultados dizem respeito às fases 1 e 2 de testes em humanos,
realizadas no Reino Unido. A imunidade deve ser reforçada com uma
segunda dose, segundo os cientistas. Para a fase 3, o Brasil começou a testar voluntários em 24 de junho.
As duas primeiras fases, realizadas simultaneamente, testaram a
vacina em 1.077 voluntários. Ensaios mostraram que a vacina induziu a
resposta imune até 56 dias depois da administração da dose.
A resposta por células T(células do sistema imunológico que
identificam e destroem ouras células infectadas) foi vista 14 dias após a
dose. Já a resposta de anticorpos (células que destroem o próprio
vírus), foi identificada 28 dias após a vacinação.
A resposta imune foi medida em laboratório. Para confirmar se a
proteção é efetiva contra a infecção, são necessários mais testes. A
fase 3 do estudo é que deve determinar de fato se a vacina protege a
população, segundo os cientistas.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena o estudo
no país, afirmou que as vacinas serão aplicadas em profissionais da
saúde com alta probabilidade de entrar em contato com o novo
coronavírus.
O Governo Federal fechou um acordo de cooperação com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca
- empresa farmacêutica responsável- para a compra de lotes e
transferência de tecnologia. Serão 100 milhões de doses para
distribuição, se demonstrada eficácia.
A vacina de Oxford foi considerada a candidata com melhor
desenvolvimento entre as mais de cem em produção. Em junho, a
AstraZeneca, afirmou que há possibilidade de que a vacina pode ser distribuída no país em janeiro de 2021.
(Diário do Nordeste)