O Governo do Ceará deu início às obras de ampliação da Zona de
Processamento de Exportação (ZPE). O Setor 2, como está sendo chamado,
fica a cerca de quatro quilômetros do Setor 1 e ocupará uma área de 240
hectares. Na manhã desta quinta-feira (30), o governador Camilo Santana
foi ao local inspecionar os trabalhos do primeiro módulo, que tem
previsão de ser entregue até o próximo mês de fevereiro e terá 23
hectares, com investimento aproximado de R$ 30 milhões.
Ao lado de Danilo Serpa, presidente da Companhia de Desenvolvimento
do Complexo Industrial e Portuário do Pecém S.A (CIPP S.A), e Mário Lima
Júnior, titular da ZPE Ceará, Camilo Santana afirmou que novas empresas
já devem chegar ao local ainda este ano, estimulando a oferta de postos
de trabalho e o crescimento da economia em uma retomada importante para
superar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
“Essa é uma área do Estado que lutamos muito para incluir na ZPE e
estamos iniciando dentro dessa retomada da economia do Ceará. A previsão
é que essa área esteja toda pronta em fevereiro, porém já há empresas
que vão iniciar ainda este ano a construção de suas instalações. O
Estado vai entregar com estrutura de ruas, energia e água para que a
empresa venha aqui, construa suas instalações e consequentemente gere
emprego e renda para a população cearense”, disse o governador.
Os lotes serão arrendados para as empresas por 20 anos, podendo ter o
contrato renovado por igual período. A ZPE Ceará é um distrito
industrial incentivado, onde indústrias instaladas em sua área contam
com benefícios tributários, cambiais e administrativos, tendo como
contrapartida que, no mínimo, 80% da sua receita seja oriunda de suas
exportações. “A ZPE é uma área toda alfandegada controlada pela Receita
Federal e empresas do mundo inteiro estão vindo para cá para exportar. A
ZPE do Ceará é a única em operação do País”, explicou Camilo. Hoje,
três empresas estão em operação nela: a Companhia Siderúrgica do Pecém
(CSP), White Martins e Phoenix Pecém. Em 2019, o trio movimentou mais de
12 milhões de toneladas de cargas.
Para Mário Lima Júnior, esse mix de infraestrutura e condições de
negócios colocam o Ceará bastante competitivo na atração de novas
empresas. “A ZPE faz parte do marco de desenvolvimento do Ceará. Somos
um Estado que ainda temos um porte industrial inferior ao Sudeste e isso
aqui evidencia um destino de investimentos industriais bastante
interessante. Se nós formos observar o universo de indústrias
exportadoras do Brasil que precisam de condições ideias de exportação,
essa condição é a ZPE do Pecém. Aqui se reúne condições portuárias,
viárias, de comunicação, de clima, além de condições geográficas”,
elencou o presidente da Zona de Processamento e Exportação.