Mãos criminosas atearam fogo, na madrugada de ontem, a um grande
fardo de algodão, cujos capulhos haviam sido colhidos e prensados, por
meio mecanizado, numa área do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi, na
zona rural de Limoeiro do Norte, na Chapada do Apodi.
Há, na mesma área alvo desse ataque criminoso, outros 17 fardos, que correm, agora, risco de destruição.
Fontes desta coluna revelaram que a Polícia já identificou, mas até agora ainda não prendeu, os autores desse incêndio.
As mesmas fontes também informaram que, ao lado do fardo incendiado, foi encontrada uma garrafa com resto de gasolina.
É um fato inédito no Ceará, cuja agropecuária experimenta excelentes níveis de crescimento.
O secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, e o
secretário Executivo do Agronegócio da pasta, Sílvio Carlos Ribeiro,
cientes do fato, entraram em contato com o comando da Polícia, que faz
diligências para apurar as responsabilidades.
Na Chapada do Apodi, o governo do Estado implementa o Programa de
Revitalização da Cultura do Algodão, que, neste ano, alcança dois mil
hectares, parte dos quais naquela região do Leste cearense.
O programa – idealizado e executado pela Secretaria Executiva do
Agronegócio e coordenado por Euvaldo Bringel, ex-secretário de
Agricultura, Pesca e Aquicultura - tem a participação direta da
iniciativa privada.
No caso da Chapada do Apodi, uma grande indústria de fiação e
tecelegam está custeando a colheita mecanizada da safra algodoeira, cuja
produção ela comprou antecipadamente de pequenos produtores.
O que chama a atenção é que essa ação criminosa atinge, diretamente,
os pequenos produtos de Limoeiro do Norte, cujo solo e clima são
considerados pelos técnicos da Embrapa – que presta consultoria
científica ao programa – de alta qualidade para o desenvolvimento da
cotonicultura.
Esses pequenos produtores estão muito motivados a ampliar a área
plantada de algodão em suas glebas, uma vez o Programa de Revitalização
da Cultura do Algodão tem mostrado sua viabilidade econômica.
No subsolo da Chapada do Apodi, há um oceano de água doce que, quando
necessário, irriga as plantações. Neste ano, por causa das boas chuvas,
a água subterrânea não foi utilizada.
A Chapada do Apodi é hoje um polo agrícola em franco progresso graças aos investimentos privados, feitos principalmente em projetos de produção de frutas – como banana, melão e melancia para exportação - e de alimentos para o rebanho bovino leiteiro, como sorgo, palma forrageira e capim, que são cultivados e ensilados para o consumo do gado na época de estio.
A Chapada do Apodi é hoje um polo agrícola em franco progresso graças aos investimentos privados, feitos principalmente em projetos de produção de frutas – como banana, melão e melancia para exportação - e de alimentos para o rebanho bovino leiteiro, como sorgo, palma forrageira e capim, que são cultivados e ensilados para o consumo do gado na época de estio.
(Repórter Francisco José)