Alfabetização alcança nível adequado em todas as cidades do CE



O alicerce da educação de crianças e adolescentes está naquilo que é fundamental para entender todo o resto: as letras e os números. Naquelas, os estudantes cearenses têm evoluído: pela primeira vez, o Estado atingiu nível adequado de alfabetização ao término do 2º ano do ensino fundamental em todas as cidades com 92,7% de efetividade. Os dados são do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece), cujos resultados de 2019 foram divulgados ontem (11) pelo Governo do Estado, durante a entrega do Prêmio Escola Nota Dez a 362 escolas públicas cearenses.

As provas do Spaece são aplicadas desde 1992, e identificam o nível de proficiência e a evolução do desempenho dos alunos da rede pública. Em 2019, pela primeira vez, todos os municípios cearenses atingiram nível “desejável” de alfabetização de crianças ao fim do 2º ano do Ensino Fundamental. Em 2007, quando a primeira prova foi aplicada, 47,5% dos estudantes concluíam a série sem saber ler nem escrever ou com alfabetização incompleta, enquanto apenas 29,9% dos alunos terminavam o 2º ano alfabetizados. Hoje, o cenário é distinto: 92,7% das crianças cearenses chegam ao 3º ano fundamental sabendo ler e escrever. O nível de proficiência da rede no Spaece alfa foi de 210,4 pontos, 29 a mais do que há cinco anos.

Alunos do 5º ano do ensino fundamental também mostraram evolução no aprendizado das letras: 58% deles atingiram desempenho adequado em língua portuguesa, em 2019, e apenas 15% tiveram resultados críticos ou muito críticos. Em 2008, apenas 7% dos estudantes avaliados tinham desempenho adequado. Já no ano passado, dos 184 municípios cearenses, 125 apresentaram desempenho “adequado”, e outros 59, “intermediário”. Nenhum teve situação considerada crítica ou muito crítica. O nível de proficiência na disciplina somou 234,9 pontos, acima dos 225 necessários para um resultado considerado positivo.

Entre os estudantes maiores, no 9º ano do ensino fundamental, os resultados na avaliação mais recente de português foram adequados para 24% dos estudantes, críticos no grupo com 26% e muito críticos para 11%. Cenário positivo em comparação com os dados de 2008 quando apenas 3% conseguiram aprender no nível adequado, 44% deixaram a modalidade de ensino em nível crítico e 37% na classificação muito crítica. Quando observado os índices do Estado em 2019, nove municípios estão em situação adequada, 154 na classificação intermediária, 21 na crítica e nenhum na categoria muito crítica. O nível de proficiência em português ficou em 263,6 neste ano.



 (Diário do Nordeste)

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