O Ceará registrou aumento de pouco mais de 13% no número de mortes por
afogamento no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual
período de 2019. Junho foi o mês no qual houve aumento mais expressivo:
cerca de 118%. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS).
O primeiro semestre de 2019 contabilizou 142 mortos em afogamento. Já em
2020, o total foi de 161. Junho foi um dos grandes responsáveis por
esse aumento, já que nos 30 dias houve o registro de 35 óbitos, mais do
que o dobro dos 16 de igual período do ano passado.
Conforme o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará
(CBMCE), Cícero Osvaldo, os dados, registrados nas delegacias cearenses,
contabilizam mortes por afogamentos que aconteceram não só em praias,
mas em acidentes domésticos e locais onde geralmente não há
guarda-vidas, como açudes e lagoas.
Cícero lembra que a quadra chuvosa deste ano, de fevereiro a maio, foi
responsável por um aumento expressivo no nível dos mananciais, o que
atraiu mais banhistas. “Tivemos um período de chuva muito grande,
principalmente no interior do Estado, e os afogamentos são, em sua
maioria, em mananciais de água que não são cobertos por guarda-vidas do
Corpo de Bombeiros”, diz.
G1 CE