O cliente de Valinhos que agrediu verbalmente um entregador de aplicativo com ofensas racistas foi expulso da plataforma iFood pela empresa nesta sexta-feira (7), segundo informou em nota oficial. O iFood disse que "racismo é crime" e que "condena qualquer forma de preconceito ou discriminação e por isso presta solidariedade e apoio ao entregador".
A família falou com a reportagem da EPTV Campinas por mensagem e disse que o agressor sofre de doença mental e que "pessoas pensam que os portadores podem e devem agir de maneira normal, mas infelizmente, o portador de esquizofrenia não segue os preceitos da lógica" (leia mais abaixo).
O caso ocorreu em julho deste ano em um condomínio do bairro Chácaras Silvania, em Valinhos.
O vídeo viralizou nas redes hoje. O entregador ainda é chamado de analfabeto e de diversas outras ofensas pelo agressor.
O morador repete diversas vezes que o trabalhador tem inveja das pessoas que moram no condomínio e aponta para a própria pele ao dizer isso.
O vídeo foi gravado por um vizinho do morador de Valinhos.
APOIO JURÍDICO E PSICOLÓGICO
Sobre o caso, o iFood disse ainda que a empresa está em contato para oferecer ao entregador apoio jurídico e psicológico e que, em casos como este, a orientação é registrar boletim de ocorrência.
A vítima de Valinhos fez isso e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Ainda segundo o entregador, esta é a segunda vez que este mesmo morador o ofende. Em entrevista ele diz que o morador o ofendeu por problemas no interfone do condomínio. "O que ele faz é para se mostrar superior as pessoas", disse. "Eu falei que ele não podia fazer mais isso porque ninguém gostava desse tipo de atitude".
O entregador diz ainda que o morador chegou a cuspir nele, jogou a nota da entrega no chão, o chamou de lixo e que as agressões verbais continuaram mesmo na presença da polícia. "Ele me chamou de favelado", completou.
A FAMÍLIA
A família do agressor alegou que ele é esquizofrênico e pediu ainda compaixão e que "entendam o sofrimento absurdo dessa hora". Em relação à defesa do entregador, a família disse que "se instado, responderá na instância devida".