Filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) tentaram envenenar o pastor Anderson do Carmo ao menos seis vezes, segundo denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), antes de o religioso ser assassinado a tiros, em 16 de junho do ano passado, em Niterói (RJ).
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) cumpriu, na manhã desta segunda-feira (24/8), nove mandados de prisão preventiva e outros 14 de busca e apreensão contra familiares da deputada federal – todos acusados de participarem do homicídio do pastor.
Foram alvo dos mandados de prisão preventiva seis filhos (um deles, Flávio dos Santos, já estava preso) e uma neta da deputada. Apesar de ser acusada de ter arquitetado o crime, segundo denúncia do MPRJ, Flordelis não foi presa devido à sua imunidade parlamentar.
As ações dos demais denunciados são descritas pelo Ministério Público
do Rio de Janeiro em diferentes etapas, como no planejamento, incentivo
e convencimento para a execução do crime. O pastor foi morto quando
chegava à garagem de sua casa.
Em seguida, o Ministério Público
aponta para a participação deles em outras tentativas de homicídio:
“Pela administração de veneno na comida e bebida da vítima, ao menos
seis vezes, sem sucesso, segundo as investigações”.
Também é
imputado a Flordelis e a outros denunciados o crime de uso de documento
falso, por tentarem, mediante carta redigida por Lucas dos Santos, um
dos filhos que já estava preso, atribuir a pessoas diversas a autoria e a
ordem para a prática do homicídio.
Segundo a denúncia do
Ministério Público do Rio de Janeiro, o executor do assassinato, Flávio
dos Santos, que está preso desde junho do ano passado, tinha o objetivo
de escapar da responsabilização do crime, bem como livrar a mãe da
acusação.
(Metropolis.com)