O governo está preocupado com a decisão dos funcionários dos Correios de
entrarem em greve, a partir da terça-feira (4), e já admite que o caso
vai parar no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
"No meio da pandemia, uma greve dos Correios é gasolina no incêndio",
afirmou à CNN uma fonte da estatal. A empresa tenta convencer os
funcionários a não aderirem e classifica a paralisação de "reação
imprópria".
Mas nenhuma negociação deu certo até agora. "Certa do compromisso e da
responsabilidade de seus empregados com a população e o país, espera que
a adesão a uma possível paralisação, se houver, seja ínfima e incapaz
de prejudicar o serviço postal e os brasileiros", afirma a empresa em
comunicado. Em 2017, a categoria chegou a passar mais de quinze dias em
greve.
A sensação na cúpula dos Correios é de que a greve é inevitável mas há
quem acredite em baixa adesão, o que minimizaria os impactos. Para
empresa, este é o pior momento para uma greve.
Os Correios apresentaram uma proposta tachada de pacote de maldades, que
prevê ajustes no vale refeição e na remuneração de férias, entre outros
pontos. A empresa afirma que a circulação de informações erradas
provocou "confusão nos empregados".
Na quinta-feira (30), funcionários dos Correios encaminharam um
comunicado ao presidente da estatal, Floriano Peixoto, com a informação
de que farão greve por tempo indeterminado "por não terem suas
reivindicações atendidas pela empresa na mesa de negociação".
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios,
Telégrafos e Similares (Fentect) reivindica reajuste salarial e afirma
que a proposta do governo retira direitos.
CNN