Covid-19: uso de máscara diminui chance de complicações e pode dobrar casos assintomáticos, aponta estudo


Enquanto a Covid-19 avança no mundo, é possível que uma das medidas de prevenção ao coronavírus - o uso da máscara facial - possa ajudar a reduzir a gravidade da doença e assegurar que até o dobro da proporção de novas infecções seja assintomática. É o que aponta um artigo publicado no The New England Journal of Medicine nessa terça-feira, 8.

A publicação é assinada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA). Atuaram no estudo especialistas do Centro de Pesquisa em Aids, Divisão de HIV, Doenças Infecciosas e Medicina Global (Departamento de Medicina), e da Divisão de Doenças Infecciosas e Epidemiologia Global, (Departamento de Epidemiologia e Bioestatística).

De acordo com o artigo, investigações epidemiológicas realizadas em todo o mundo - especialmente em países asiáticos que se habituaram ao uso da máscara durante a pandemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) de 2003 - sugeriram que existe uma forte relação entre a máscara e o controle da pandemia.

Além disso, dados recentes de Boston, também nos EUA, demonstram que as infecções pelo novo coronavírus diminuíram entre os profissionais de saúde após a implementação da utilização de máscaras nos hospitais municipais, ainda no fim de março.

"Se esta hipótese se confirmar, o 'mascaramento universal' poderia tornar-se uma forma de 'variolação' que geraria imunidade e assim retardaria a propagação do vírus nos Estados Unidos e em outros lugares, enquanto se aguarda uma vacina", avaliam os pesquisadores

A variolação mencionada foi praticada até a introdução da vacina contra a varíola, que acabou por erradicar a doença. Nela, se usava material de um paciente com varíola para dar imunidade a outra pessoa. Em uma pessoa variolada, a doença se manifestava de maneira mais suave.



(O Povo)

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