Um padrasto, que abusava da enteada há cerca de um ano em aldeia indígena na cidade de Amambai, em Mato Grosso do Sul, vai responder por estupro de vulnerável. O caso já foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Estadual do MS e chegou até a polícia quando a criança recebeu atendimento médico, após sentir dores na barriga, há cerca de 15 dias.
O caso foi descoberto após o médico que atendeu a menina, de apenas 11 anos, constatar uma gestação de 25 semanas. Ao ser questionada, ela relatou que sofria abusos do padrasto. "Ela [a mãe] saía e a criança ficava sob os cuidados dele, que se aproveitava da situação", diz trecho de nota à imprensa, enviada pela Polícia Civil.
Em depoimento, a mãe da menina negou ter conhecimento dos abusos e afirmou que não via o marido a alguns dias, já que, segundo ela, ele teria saído de casa. O homem, de 23 anos, confessou o crime e está preso.
O Ministério Público já está acompanhando o caso e informou que detalhes não podem ser repassados porque a ação está em segredo de Justiça e, sobretudo, por se tratar de situação envolvendo menor de 18 anos. O órgão informou ainda que "a vítima está recebendo o devido atendimento médico e psicológico pela rede de proteção".
Por fim, o Ministério lembrou que em casos de estupro, a interrupção da gravidez é um direito à vítima. "Imperioso afirmar, no entanto, que a vítima é quem deve desejar o aborto, ou, caso menor, seu representante".
Estadão Conteúdo