PCCE prende trio suspeito de tentar compensar cheque clonado de quase R$ 50 milhões



Aproximadamente R$ 50 milhões. Esse é o valor do cheque clonado que três pessoas tentaram compensar nessa terça-feira (22), em uma agência bancária de Fortaleza. A falsificação foi constatada após um trabalho que contou com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e o setor de segurança da instituição financeira. O trio foi preso em flagrante. As informações sobre a ação foram divulgadas em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (23), na sede da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), no Complexo de Delegacias Especializadas (Code).

A equipe de investigadores se deslocou até a agência situada no bairro de Fátima, na Área Integrada de Segurança 5 (AIS 5) de Fortaleza, para verificar a informação após acionamento do próprio banco. Chegando ao local, os policiais civis confirmaram que se tratava de um cheque clonado com o valor de aproximadamente R$ 50 milhões.

“Seria um cheque de ordem de pagamento expedido por um banco sediado em São Paulo. Um dos suspeitos clonou esse cheque e foi até uma agência situada na Avenida 13 de Maio, em Fortaleza, para tentar fazer a compensação. Eram três pessoas que tinham empresas e que simularam um contrato. No entanto, o banco identificou que o cheque tinha indícios de fraude e acionou a Polícia Civil. Quando chegamos ao local, nós constatamos que o documento realmente era fraudado”, explica o delegado adjunto da DDF, Carlos Teófilo, que conduziu as investigações.

Os presos foram identificados por Charlys Cunha de Farias Oliveira (35); Paulo César da Silva Freire (71); e Andrea Freire Maia (40). O contrato e o cheque nominal a uma empresa sediada em Goiás foram apreendidos e levados à sede da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF).

Teófilo explica como funciona a modalidade de golpe frustrada pela equipe. “É como um cheque ao portador. Em vez da pessoa fazer uma transferência bancária, ela deposita o dinheiro no banco e autoriza que a instituição financeira repasse o valor para um terceiro. Era mais utilizado antigamente, quando não havia facilidade de fazer um TED (Transferência Eletrônica Disponível) ou TEV (Transferência Eletrônica de Fundos). Eles simularam que o banco teria um valor autorizado por alguém a repassar para a conta deles. Era como se um terceiro tivesse feito um depósito no banco de São Paulo, mas em vez de fazer a transferência direta para a conta do beneficiário, ele solicitou que o banco fizesse esse pagamento mediante esse cheque por ordem”, disse.

O trio foi autuado em flagrante por estelionato, por falsificação de documento particular, por uso de documento falso e por falsidade ideológica. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) dará continuidade às investigações com o objetivo de identificar a participação de outras pessoas no esquema fraudulento.
 
 
 
(Diário do Nordeste)

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