Pesquisadores do Ceará solicitam patente para uso de vacina veterinária contra a Covid-19 em humanos

 


Na corrida em busca de imunização contra a Covid-19, pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) iniciaram nessa segunda-feira (28) o processo de patenteamento de uma vacina aviária, testada desde a década de 1940 para combater o coronavírus em animais, que pode ter ação em humanos. O pedido para que a dose tenha uma nova utilização foi feito junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

“Ontem, foi feito o depósito da patente, quer dizer, começa a correr o processo dentro do Inpi. Como o experimento está sendo desenvolvido dentro da Uece, a patente passa para a universidade. A patente ainda não saiu. Qualquer pessoa que vier usar essa mesma ideia, agora ela está subjugada à minha porque eu fui o primeiro no mundo”, esclarece o idealizador do estudo Ney Carvalho, médico veterinário e doutorando em Biotecnologia.

Logo após a confirmação dos primeiros casos de Covid-19 no Ceará, surgiu a proposta de verificar a eficiência da vacina já existente no mercado em seres humanos. Carvalho explica que havia uma especulação negativa em torno da eficácia de imunização viária para o SARS-CoV-2, embora não tivesse um estudo oficial para atestar isso.

“Todo mundo no início dizia que vacina para coronavírus de cachorro não funciona, por exemplo. Então, a gente resolveu verificar isso usando como modelo a vacina para o coronavírus de aves, que é mais estudada desde a década de 1940. Tem alguns resultados na literatura, de uns estudos mais antigos, que nos davam uma certa segurança”, ressalta.

 

(G1)

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