A Petrobras anunciou aos seus clientes um reajuste médio
de 4% (R$ 0,07) da gasolina e de 5% (R$ 0,08) do óleo diesel em suas
refinarias, a partir deste sábado, 10. Com essa alta, o litro da
gasolina será vendido às distribuidoras a R$ 1,82, em média, e o do diesel a R$ 1,76.
Em comunicado, a Petrobras informa que, de janeiro até este último reajuste, a gasolina acumula queda no
mercado interno de 5,3% e o diesel, de 24,3%. Em julho e agosto, o
preço médio da gasolina na produção correspondeu a cerca de 30% do preço
cobrado nos postos revendedores de combustíveis. No caso do óleo
diesel, a participação foi de 49%.
"Os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência bastante limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais. O preço do diesel e da gasolina vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias da Petrobras", afirmou a empresa.
A petrolífera destaca que, até chegar ao consumidor final, são acrescidos aos valores de refinaria tributos federais e estaduais,
custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas
distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e
dos postos revendedores de combustíveis. "Como a legislação brasileira
garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e
derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por
outros integrantes da cadeia de combustíveis", acrescenta.
Preço inferior à média global
A Petrobras, no comunicado, ainda ressalta pesquisa da
Globalpetrolprices.com realizada em 127 países, que aponta que o preço
médio do diesel ao consumidor final no Brasil está 32%
inferior à média global e ocupa a 24ª posição do ranking sendo,
portanto, inferior aos preços observados em 103 países.
De acordo com a pesquisa, para a gasolina, o preço final no Brasil está 23% inferior à média global e
ocupa a 31ª posição do ranking, ou seja, inferior a 96 países. Nos dois
casos, os preços médios no Brasil estão abaixo dos preços registrados
no Reino Unido, Canadá, China, Chile e Alemanha.
(Diário do Nordeste)