Na pandemia, Ceará é o estado que mais deixou de arrecadar tributos usados para custear a educação


 Se o impacto da interrupção das aulas presenciais é notório e, agora, a discussão sobre o possível retorno ganha evidência, outro ponto também requer atenção na educação: o efeito no financiamento. No Brasil a educação é custeada, sobretudo, por dinheiro de impostos e transferências vinculadas e, em um ano atípico, no qual estados e municípios deixaram de arrecadar verbas, o custeio da área é afetado. Estudo divulgado nesta quarta-feira (28) pela organização Todos Pela Educação e o Instituto Unibanco, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), projeta que, se comparado a 2019, entre janeiro e agosto de 2020, o Ceará é o estado que mais deixou de arrecadar impostos usados no financiamento da educação. A retração foi de 11,1%.


Na prática, devido à pandemia, 18 estados, incluindo o Ceará, tiveram queda de arrecadação de impostos e, em meio a crise sanitária, têm menos dinheiro disponível para financiar as redes da educação básica - que inclui o ensino infantil, fundamental e médio. O recuo no recolhimento das verbas é uma consequência da redução de transações e também da menor produção de bens e serviços nos estados e municípios, durante a interrupção das atividades econômicas.


O POVO


Postagens mais visitadas