Prefeito e secretários de Paraipaba, no Ceará, são afastados em operação que investiga fraudes em contrato

O Ministério Público Estadual investiga se os gestores recebiam pagamento por contrato de R$ 22 milhões com escritório de advocacia.




O prefeito da cidade Paraipaba e dois secretários municipais foram afastados dos cargos na manhã desta quarta-feira (7) por uma operação do Ministério Público do Ceará que investiga se os três recebiam pagamentos relativos a contrato da prefeitura com um escritório de advocacia.


Dimitri Rabelo Batista Castro, prefeito, e os secretários de governo, Michel Marcos Barroso, e de Administração, Breno Gonçalves Andrade, devem ficar afastados por 180 dias. O G1 entrou em contato com a assessoria dos gestores e até 9h57 não obteve resposta. As ligações para a prefeitura não foram atendidas.




A Justiça aceitou o pedido de afastamento feito pela Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), que investiga o caso há quase um ano. Ainda conforme o MPCE, o escritório foi contratado por R$ 22.464.000 para prestar serviços em um processo envolvendo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que visava incluir a cidade no rol de municípios beneficiados pela distribuição dos royalties de petróleo.

Segundo a Procap, os gestores recebiam vantagens indevidas a cada pagamento realizado ao escritório.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Paraipaba, Eusébio e Fortaleza, no Ceará, e em Recife (PE). A sede da prefeitura está entre os endereços. Na capital Pernambucana, o alvo foi o escritório de advocacia.

Com a decisão, Dimitri, Michel e Breno estão proibidos de acessar às repartições públicas do município para prevenir, segundo o MP, a alteração de provas. 

G1

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