A indústria automobilística recuperou, no
mês passado, os níveis de produção e exportação de novembro de 2019. A
quantidade de unidades licenciadas, porém, ficou abaixo da registrada
anteriormente, de acordo com balanço divulgado hoje (7)
pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O relatório mostra que a demanda do mercado
interno diminuiu 7,1%, em comparação com 2019. Foram 225.010 unidades,
contra 242 mil. No ano, 1.814.470 automóveis foram emplacados.
Ao contrário das vendas, a produção apresentou leve aumento, de 0,7%, com um total de 238,2 mil autoveículos. Conforme a Anfavea, o volume foi insuficiente para atender ao mercado.
No acumulado do ano, a produção chegou à
marca de 1.804.759 unidades, 35% a menos que a do ano passado. Em
novembro, também saíram das esteiras de montadoras 11,5 mil caminhões, 1,7 mil ônibus e 5 mil máquinas agrícolas e rodoviárias.
Em entrevista coletiva, representantes da
Anfavea também destacaram números relativos à exportação. Em novembro,
44.007 unidades foram enviadas ao exterior, o que se traduziu no melhor resultado
desde agosto de 2018. A alta no índice, explicaram, se deu em virtude
do represamento que vem ocorrendo nos últimos meses
por causa
da pandemia de covid-19. Ao longo de todo o ano, 285.925 unidades foram exportadas, número
28,4% inferior ao
de 2019.
O presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, disse que a produção de dezembro
é
algo que não se prevê facilmente e destacou alguns desafios que o setor
enfrenta. Segundo ele, a falta de matéria-prima é o mais preocupante,
porque pode significar a paralisação das montadoras.
"O risco de paralisação é muito alto", afirmou. "Esse é um desafio muito difícil de se administrar."
Em novembro, as oportunidades de trabalho oferecidas pelo setor também pioraram. Na virada de outubro
para o mês passado, o total de vagas passou de 121,4 mil para 120,8 mil. Moraes afirmou
que,
no período, 1.284 funcionários deixaram as funções por aderir a
programas de demissão voluntária (PDVs) ou foram demitidos após
contratos temporários serem encerrados.
(Agência Brasil)