Polícia Civil prende músico de banda de forró suspeito de estupro de vulnerável

 


Uma ação rápida da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), resultou na captura em flagrante de um homem de 42 anos suspeito de estupro de vulnerável. A prisão ocorreu no início da noite de ontem (15), no bairro Parque Dois Irmãos, na Área Integrada de Segurança 07 (AIS 07) em Fortaleza. O homem é músico de uma banda de forró e acadêmico do curso de serviço social. O caso foi divulgado em coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira (16), na sede da Superintendência da Polícia Civil, no Centro de Fortaleza.

A prisão foi realizada por policiais civis da Dceca, após a irmã de um adolescente de 13 anos comparecer à delegacia para relatar que ele tinha acabado de ser estuprado. A mulher descobriu o crime após verificar mensagens trocadas entre o suspeito e a vítima no aparelho celular do irmão. Com as informações, os policiais civis realizaram diligências e localizaram o músico na mesma casa onde horas antes o crime havia sido praticado.

As investigações apontaram ainda que o suspeito aliciava a vítima aproveitando-se da vulnerabilidade dela, com a promessa de pagamento com moedas digitais e jogos. O homem foi preso em flagrante e conduzido para a sede da especializada, onde prestou depoimento e confessou a prática delituosa. Em seguida, ele foi autuado por estupro de vulnerável. O suspeito já havia sido preso no ano de 2017 pelo mesmo crime por policiais civis da Dceca.

A delegada Yasmin Ximenes, adjunta da Dceca, explicou que a investigação iniciou após a família da vítima comparecer à delegacia e noticiar o fato. “Ontem, no final da tarde, a família da vítima entrou em contato para noticiar que um adolescente de 13 anos tinha sido abusado sexualmente por um adulto. Em uma ação rápida, os policiais civis foram até o local onde o infrator residia e ele foi conduzido à Dceca. Uma vez sendo interrogado, ele confessou que teve relações sexuais com o adolescente. Porém, ele alegou que não sabia a idade do adolescente. Todavia é um adolescente, que conseguimos observar pelo seu corpo, que é um menor de idade”, disse a delegada.

Yasmin reforçou ainda a importância da população noticiar abusos e explorações de crianças e adolescentes. “Fiquem atentos com quem seus filhos andam, verifique o celular, observem as mudanças de comportamento das crianças. Se aquela criança, estiver com alguma tristeza fora do normal, mudou a alimentação, alguma coisa está errada”, alertou. Ela enfatizou ainda a necessidade de acreditar na vítima. “Havendo esse abuso e exploração sexual, acreditem nas crianças, confie na palavra do adolescente, é um assunto que não deve ser resolvido em casa. Se a criança falou que sofreu esse abuso, dê credibilidade a ela e de imediato levem para uma delegacia. É muito difícil quando a criança percebe que não pode contar com o adulto. Então, não façam perguntas e não tentem silenciar a criança. É importante denunciar, para que os infratores paguem”, finalizou a delegada.

Prisão anterior

O suspeito é reincidente e foi alvo de uma operação da Dceca em março de 2017. À época da prisão, ele foi capturado após uma apresentação da banda em uma casa de show no bairro Maraponga, na Área Integrada de Segurança 5 (AIS 5) de Fortaleza. O suspeito foi investigado por ter enviado mensagens de cunho libidinoso para um adolescente do sexo masculino, que tinha 13 anos de idade na época. O caso foi registrado em 2013, e o procedimento foi remetido ao Poder Judiciário, que expediu o mandado de prisão contra ele pelo crime de estupro.

Denúncias

A população de Fortaleza pode denunciar crimes contra crianças e adolescentes para a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca). Caso você tenha informações que auxiliem o trabalho da Polícia Civil, basta ligar para o número (85) 3101-2044, que é o telefone da Dceca, ou para o Disque 100, serviço oferecido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O sigilo e o anonimato são garantidos.

Nos municípios onde há Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), as unidades são as responsáveis por investigar as ocorrências de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Nos demais municípios, os crimes são investigados pelas demais unidades da Polícia Civil do Ceará.

 

 

 

(SSPDS)

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