Governo estuda reajuste e expansão do Bolsa Família para mais famílias

 

 Sem perspectivas de prorrogação do auxílio emergencial ou de um programa substituto, o governo federal prepara uma ampla reestruturação do Bolsa Família por meio de medida provisória (MP). A ideia seria ampliar o número de famílias atendidas, unificar benefícios já existentes no programa, reajustar os valores e criar novas bolsas dentro dele.


Um das intenções do governo é criar novos prêmios por mérito escolar, esportivo e científico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, que apurou que essa reestruturação deve ser feita dentro do Orçamento de R$ 34,8 bilhões do programa já reservado para 2021.


Segundo o jornal, 14,5 milhões de famílias seriam contempladas com a ampliação do programa, pouco mais de 200 mil acima do número atual, de 14,3 milhões. A medida provisória ainda está sendo costurada pelos ministérios e precisará ser validade pelo presidente Jair Bolsonaro.


Desde o ano passado o governo federal fala em um novo programa de renda mínima que seja mais abrangente que o atual Bolsa Família, alcançando também uma parcela dos "invisíveis" que foram notados pelo auxílio emergencial. Chegaram a ser discutidos o Renda Brasil ou Renda Cidadã, que não foram à frente por problemas de financiamento.


A partir disso, a ideia central passou a ser ampliar o Bolsa Família. Em entrevista para A Gazeta, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse em dezembro que a "aterrissagem do auxílio será a expansão do Bolsa Família".


Mesmo sem a MP ir para a frente, o governo teria espaço para incluir neste ano mais 700 mil famílias no atual formato do Bolsa Família. A fila hoje para ingresso no programa é de cerca de 1,3 milhão de famílias, de acordo com o Estadão.


Estadão

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