Menina de 13 anos é estuprada após ameaça com gargalo de garrafa no Antônio Bezerra


Na manhã do dia 1º de janeiro, uma menina de apenas 13 anos de idade foi vítima de estupro em um galpão abandonado no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza. Ela estava numa parada de ônibus para se deslocar à casa de uma parente em Caucaia, na Região Metropolitana, quando foi ameaçada por um homem desconhecido com um gargalo de garrafa.

A mãe da vítima conta que, na manhã do dia 1º, a menina pediu para ir à casa da madrinha. Por volta de 9h, ela recusou companhia até a parada de ônibus, na Avenida Mister Hull.


“Ela disse: não, mãe, a rua está cheia de gente. Infelizmente deixei porque ela sempre tem costume de pegar esse ônibus”, lembra.

Enquanto esperava, outras pessoas da parada foram embora, e ela ficou sozinha. Um rapaz chegou ao local e começou a puxar conversa, perguntando onde ela morava. Em seguida, ele tirou um gargalo de garrafa do bolso e a ameaçou, mandando acompanhá-lo lado a lado.

A mãe estranhou que, cerca de duas horas depois, a menina não havia ligado para dizer que tinha chegado. Ela também não estava mais na parada. O celular da madrinha estava desligado.
Sem reação

Imagens de videomonitoramento de um estabelecimento próximo obtidas pela Polícia Militar mostram os dois atravessando a Mister Hull em direção ao viaduto do Antônio Bezerra. O homem segura a menina com os braços em volta do pescoço dela.


“Ela disse que passaram várias pessoas, mas ele disse que se ela tivesse alguma reação, ele furaria o pescoço dela”, diz a mãe.

A menina foi conduzida até um galpão abandonado na área e, então, estuprada. Após o ato, o rapaz ordenou que a menina permanecesse onde estava. Contudo, ao não avistá-lo mais, ela correu, pulou um muro e acabou ferindo as pernas. A menina procurou ajuda de populares, que acionaram uma patrulha policial.

Ela compareceu à Perícia Forense do Ceará (Pefoce) para realização do exame de corpo de delito, e também ao Hospital São José (HSJ), da rede pública estadual, para ser medicada. Depois, voltou para casa.
Investigação

Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) declarou que o crime foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM) e transferido para a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), “que acionou a rede de proteção social para acompanhar o caso e dará continuidade aos trabalhos policiais”.


“Eu não sei nem descrever o que estou sentindo. É dor, é angústia, é uma sensação muito ruim nesse momento”, lamenta a mãe.

De janeiro a novembro de 2020, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) contabilizou 1.680 crimes sexuais, incluindo estupro, estupro de vulnerável e exploração sexual de menor. De acordo com as estatísticas, um em cada três casos (33,5%) ocorreu durante a manhã, entre 6h e 12h.


Diário do Nordeste



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