Enfermeira pede em casamento companheiro internado com Covid-19 na UTI



Dois profissionais de saúde do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, decidiram oficializar o noivado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde trabalham na linha de frente da Covid-19. O pedido de casamento partiu da enfermeira Dayse Rodrigues, 32, para o técnico de enfermagem Carlos Henrique, 28, que precisou ser internado na ala de alta complexidade após testar positivo para a doença. 


"Dei uma rosa a ele. Ele cheirou e, quando viu que ela abria, desabou. Sei que isso deu força para ele melhorar e seguirmos juntos”, detalha Dayse.


O casal noivou no dia 16 de fevereiro, um dia depois de Carlos receber assistência médica na UTI do HRN. A resposta ao pedido da companheira foi verbalizada ainda na cama do hospital.


"Falar sobre o noivado é algo mágico. Fui pego de surpresa", emociona-se Carlos, que partilha a vida com Dayse há 11 anos.


A enfermeira conta que sentiu medo de perder o amado, e por isso decidiu tomar a frente do pedido de casamento. O enlace, até então, era um plano só dele.


"Somos pais de quatro crianças. Mas eu nunca quis oficializar (o casamento). E esse era um sonho dele. Quando eu vi meu coração ali, decidi que iria dar a ele essa alegria”, revela.


Diagnóstico
O técnico de enfermagem recebeu o diagnóstico de Covid-19 no dia 9 de fevereiro. Ao sentir febre, dores nas costas e na costela, fez o teste rápido do tipo swab, que coleta amostra da mucosa nasal através de uma espécie de cotonete. Após o resultado positivo, Carlos precisou ser internado na UTI, onde ficou por quatro dias.


"Os momentos da emergência foram mais rápidos, não lembro muito. Porém, os da UTI, sim. Apesar do psicológico sobrecarregado pelo medo, são poucos os momentos de que não me recordo”, afirma


Diário do Nordeste

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