
"A letra da música fala que você tem um serviço de qualquer coisa e a troca é o sexo. Acho normal você colocar isso em qualquer carro. Menos num carro de aplicativo que oferece um serviço. Minha esposa pega. Acho isso agressivo, invasivo e desrespeitoso. Vou ter que atravessar a cidade pra ir buscá-la porque nesses carros ela não anda mais. Depois dessa não", complementou Eduardo.
O carro em questão tem o adesivo de dois aplicativos de transporte, sugerindo que ele trabalha para ambos. A Uber informou ao G1 que o veículo não está ativo na plataforma e, portanto, não tem qualquer relação com o aplicativo.
Contudo, o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Ceará (AMAP-CE), Rafael Keylon, revelou que a placa do carro está registrada em Fortaleza como motorista da Uber.
O G1 pediu um posicionamento sobre o caso à 99, a outra empresa sinalizada em um dos adesivos, mas até a publicação desta matéria, não obteve resposta.
Sobre o adesivo com a logomarca dos aplicativos, a reportagem apurou, com um motorista de aplicativo que não vai ser identificado, que a etiqueta pode ser comprada com vendedores pela cidade, por qualquer pessoa interessada, sem nenhuma comprovação que trabalha no setor.
A AMAP-CE emitiu uma nota em que repudia atos que infrigem a honra de motoristas e usuários. "Salientamos aos órgãos públicos e aos meios de comunicação que todos os motoristas de aplicativos em Fortaleza são regidos pela lei 10751/2018", comenta a nota.
"Atos que infringem a devida lei devem ser repudiados de forma sucinta em busca de uma melhor qualidade em nossos serviços e para todos os nossos associados", finaliza a associação.
G1 CE
