Trabalhadores terão mais dificuldades para se aposentar: Entenda


Em 2020, o Brasil bateu o recorde do número de desempregados, com cerca de 13,4 milhões de pessoas. A taxa média anual foi de 13,5%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com cada vez mais pessoas desocupadas, trabalhadores brasileiros terão mais dificuldades para se aposentar com a interrupção das contribuições à Previdência.


A crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 desencadeou um esvaziamento do mercado com muitas empresas impedidas de funcionar e ainda sem medidas de apoio, como o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) que vigorou entre abril e dezembro de 2020.


Rômulo Araújo, diretor do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), evidencia o impacto sofrido pelos trabalhadores, mas principalmente dos informais. “Quando ficam impedidos de ir trabalhar, eles acabam tendo que optar por botar comida na mesa ou por fazer esse recolhimento previdenciário”.


Reforma da previdência
As novas regras da Previdência, estabelecidas em novembro de 2019, passaram a exigir mais tempo de contribuição, de forma que o benefício fica mais distante para trabalhadores desempregados. Entre as alterações da reforma, está a idade mínima para se aposentar de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.


Logo, a cada mês que o trabalhador fica sem contribuir, ele estará prorrogando um mês dessa aposentadoria. Quanto mais tempo sem pagar as mensalidades, maior é a prorrogação, o que implica também em mais tempo de trabalho.


Diário do Nordeste

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