Na crise gerada pela pandemia, é cada vez mais comum encontrar quem esteja considerando vender seus próprios “nudes” para pagar os boletos.
Na teoria, é mais simples do que parece: o site OnlyFans reúne milhares de usuários dispostos a pagar pela foto de alguém pelado.
Fundada em 2016, a plataforma é uma rede social em que criadores podem cobrar pelo acesso a qualquer tipo de post - de cursos a performances artísticas.
Mas basta entrar para ver que a maioria das pessoas está lá para comprar e vender pornografia caseira, segmento que se fortaleceu na quarentena.
A busca pelo site no Brasil quintuplicou entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano. Já o tabu em torno dele vem diminuindo, principalmente após a adesão de celebridades, como a atriz americana Bella Thorne e a brasileira Anitta.
O problema é que, na prática, o dinheiro não vem tão fácil quanto alguns podem achar. Como em qualquer empreitada, ter êxito nas vendas do OnlyFans depende de uma boa dose de visão de negócio. A receita do sucesso inclui:
- Foco: Produzir conteúdo que gere interesse exige tempo, dedicação e estudo das táticas usadas por quem já deu certo na plataforma;
- Organização: Diferentemente de outras redes sociais, o OnlyFans permite agendar posts. Otimizar o tempo e se programar para criar um calendários de publicações constantes é fundamental;
- Vocação: Definitivamente, tirar a roupa e sensualizar na internet não é para qualquer um. Desenvoltura e criatividade são essenciais;
- Um pouco de sorte: No OnlyFans, importa menos o número de seguidores que um criador tem, e mais o quanto eles estão dispostos a ser generosos nos pagamentos.
Além de tudo isso, é preciso ter jogo de cintura para lidar com seguidores chatos ou mal-intencionados e com o preconceito, que ainda existe - e, embora a rede seja vasta em conteúdos de ambos os gêneros, ela é mais difícil para as mulheres.
(G1)