Vereador e esposa são detidos acusados de matar Henry Borel de 4 anos





Nesta quinta-feira, 8, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o casal Monique Medeiros e o vereador Jairo Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade). Eles são acusados de serem responsáveis pela morte de Henry Borel, de 4 anos de idade. O casal estava em Bangu, na Zona Oeste do RJ. Policiais da 16ª DP, da Barra da Tijuca, executaram a ação.


A criança era filha da professora Monique e enteada de Dr. Jairinho. Contra o casal foram cumpridos mandados de prisão temporária por 30 dias. Os dois são suspeitos de participação na morte do garoto, durante a madrugada de 8 de março deste ano. De acordo com as investigações, o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça. O vereador teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o enteado em fevereiro. Segundo os policiais, a mãe do garoto tinha conhecimento das agressões.


A polícia monitorava a casa onde o casal estava desde a última segunda-feira, 5. Os mandados foram expedidos nesta quarta-feira, 7, pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. O casal também é suspeito de atrapalhar as investigações e de ameaçar testemunhas para combinar versões.


Investigação
Segundo o depoimento dos suspeitos, eles disseram ter encontrado a criança caída no chão do cômodo onde dormia, com pés e mãos gelados e olhos revirados, na madrugada de sua morte, 8 de março deste ano. Em seguida, eles contam que levaram Henry para a emergência do Hospital Barra D’Or, onde os profissionais da saúde relataram que Henry já havia chegado morto e com as lesões descritas nos laudos de necropsia. Os documentos mostram que ele sofreu hemorragia interna e laceração hepática. Seu corpo apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões.


No decorrer da apuração policial, o delegado Henrique Damasceno ouviu 17 testemunhas no inquérito que apura o caso. Foram ouvidos familiares, vizinhos e funcionários do casal. De acordo com informações divulgadas pelo portal EXTRA, uma ex-namorada de Jairinho relatou que ela e a filha sofreram agressões por parte do vereador. Os celulares e laptops dos dois (do vereador e da professora) e de Leniel Borel, pai do garoto, foram apreendidos e passam por perícias.


O Povo

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