Idosa com Covid-19 passa mal em farmácia e é socorrida por funcionária

 


Uma idosa de 81 anos precisou ser socorrida às pressas depois de passar mal em uma farmácia de Sorocaba (SP). Uma câmera de segurança flagrou o momento em que a farmacêutica Kellen Angelotti fez os primeiros socorros.

Jacira Mizica Barboza Grande foi até o comércio na Avenida General Osório para fazer um teste de Covid-19, já que estava com sintomas. Ela estava acompanhada da filha Isabel Aparecida Grande, de 57 anos.

Isabel contou ao G1 que aproveitou o agendamento do teste e pediu para que a farmacêutica medisse a oxigenação da mãe, pois não estava conseguindo em casa. "Ela mediu em todos os dedos com o aparelho que eu trouxe de casa e com o dela também, e nada", conta.

Kellen orientou que Isabel levasse a mãe ao hospital logo depois que saísse da farmácia, já que o oxímetro do médico poderia ser mais sensível.

"Na hora a dona Jacira até brincou que não queria ir pro hospital. Nós fizemos o teste swab e ela até comentou que era ruim. Logo depois, ela começou a falar umas coisas bem estranhas, começou a ficar tonta e não me respondia mais", lembra.

A idosa estava com pressão baixa, de acordo com a farmacêutica que, logo em seguida, já começou a realizar os primeiros socorros.

"Deixei ela em um banco, com as pernas para cima. Tentei tirar a pulsação, sem pulso. Coloquei a mão pra ver se estava respirando, e sem respiração. Ela não voltava nem com a massagem cardíaca", conta Kellen.

Depois de alguns momentos, Jacira começou a retomar a consciência. Logo em seguida, foi levada até um hospital particular e o teste para Covid-19 deu positivo. Segundo a filha, a idosa passou uma semana internada com oxigênio, mas não precisou ser intubada. Ela teve alta no dia 1º de abril.

"No dia em que ela saiu do hospital eu fui comprar os remédios na mesma farmácia e agradeci pelo esforço da Kellen. Ela me ajudou tanto. Não só salvando minha mãe, mas me mostrando qual o melhor caminho que eu podia seguir para conseguir atendimento no hospital", afirma.

Para a farmacêutica, apesar de desesperadora, a experiência a deixou muito orgulhosa da profissão que escolheu.

"Ela testou meu coração. Teve momentos em que achei que não fosse conseguir salvá-la, fiquei desesperada. Mas no fim tudo deu certo e fico muito feliz por ter contribuído. Me fez sentir realmente uma profissional da saúde", finaliza.

 

 

(G1)

 

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