Instituto Butantan inicia testes clínicos de nova vacina tetravalente contra a gripe

 


O Instituto Butantan iniciou na quarta-feira (12) os testes de uma nova vacina contra a gripe, tetravalente e mais potente. Atualmente o centro de pesquisa fornece ao Ministério da Saúde uma vacina trivalente.

Todo ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza no mês de setembro a escolha das cepas que farão parte da vacina contra o Influenza sazonal do hemisfério Sul, com base na circulação deste vírus no ano anterior.

No Brasil, o imunizante em uso na rede pública protege contra três tipos do vírus Influenza, sendo dois da linhagem A e um da B - neste ano o instituto vai entregar ao governo federal um total de 80 milhões de doses da vacina trivalente para a campanha Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.

A nova vacina inclui duas cepas A (H3N2 e H1N1) e outras duas linhagens do B (B Victoria e B Yamagata).

O objetivo é ampliar a proteção, especialmente em populações consideradas de risco para o agravamento da doença, como crianças, adolescentes, idosos e gestantes.

“Com os resultados que serão obtidos a partir deste novo estudo clínico, poderemos incluir este novo imunizante no portfólio de vacinas disponibilizadas ao Ministério da Saúde”, disse Dimas Covas, presidente do instituto.

A fábrica de vacinas contra a gripe do Butantan é a maior do hemisfério sul e acaba de receber pré-qualificação da OMS, uma certificação que reafirma o reconhecimento internacional pela produção de vacinas contra a gripe sazonal e a possibilidade de o instituto fornecer o imunizante em outros países.

Como será o estudo clínico

O estudo contará com cerca de 6.500 participantes voluntários, com idades a partir de 3 anos.

Os interessados em participar dos ensaios clínicos podem entrar em contato diretamente com os centros de pesquisa participantes para orientações e informações.

Onze centros de pesquisa do Brasil vão participar nas cidades de São Paulo, São Caetano do Sul, Ribeirão Preto, Serrana, São José do Rio Preto, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pelotas, Fortaleza, Recife e Laranjeiras.

Nesta semana, o estudo começou em São Caetano do Sul, na Universidade Municipal, e em Ribeirão Preto, no Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP. 

 

(G1)

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