Ceará fez acordo para comprar 5 milhões de doses da Sputinik V, mas só pode aplicar 183 mil; entenda

 


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (4), o pedido de importação excepcional das vacinas Sputnik V e Covaxin contra a Covid-19. Porém, há restrição na aplicação da dose, conforme a decisão da agência.

O Ceará fez um acordo para adquirir 5,5 milhões de doses da Sputinik V, mas só poderá fazer a importação de 183 mil unidades. Conforme a Anvisa, a restrição é para facilitar as medidas de controle e supervisão dos efeitos.

A agência, que havia rejeitado a importação dos imunizantes, mudou a orientação depois da chegada de novos documentos das fabricantes. Ainda assim, estabeleceu protocolos específicos para aplicação das doses e limitação de público que pode ser vacinado.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), comemorou a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação e distribuição da Sputnik V, vacina russa contra Covid-19. A autorização com ressalvas da Sputnik V e da Covaxin, vacina indiana, aconteceu na noite desta sexta-feira (4).

"Boa notícia para os cearenses e demais estados. A Anvisa aprovou há pouco a importação e distribuição da vacina Sputnik V. Mesmo de forma 'excepcional e controlada', com ainda pequena quantidade de doses liberadas, a aprovação já representa um avanço para que tenhamos mais vacinas disponibilizadas à nossa população", publicou o governador.

"Lembro que o Ceará tem acordo para adquirir mais de 5,5 milhões de doses. A Sputnik já está sendo utilizada em 66 países e tem eficácia comprovada acima de 91%. Não vou descansar um minuto até que todos os cearenses sejam vacinados", complementou Camilo.

Acordo de compra

Em março deste ano, Camilo oficializou a compra da de 5,87 milhões de doses Sputnik V. A expectativa do governador, à época, era que as doses chegassem ao Brasil em abril.

Com a ausência da aprovação federal, Camilo chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para que a Anvisa liberasse a aplicação da Spunitk V no País, e com isto, no Ceará. Assim, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou decisão que determinava a permissão, ao Ceará, para a compra do imunizante caso a Anvisa não respondesse a respeito da autorização para o uso da vacina no país até 29 de abril.

Porém, no fim de abril, a Agência negou a importação emergencial da Sptunik V após reunião com responsáveis. A negativa fez com que o governador do Ceará afirmasse que iria continuar tentando trazer a vacina russa para o estado. 

 

(G1/CE)

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