Pandemia: metade das cidades brasileiras vacina faixa de 30 anos

 


Pelo menos metade dos municípios brasileiros, a partir da próxima semana, promete vacinar contra a covid-19 pessoas na faixa dos 30 anos. É o que aponta levantamento que consta da 20ª edição da pesquisa semanal da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que busca mapear o cenário das cidades no enfrentamento da pandemia. Segundo a sondagem, dessas prefeituras, 18% imunizarão a faixa etária entre 18 e 24 anos, enquanto outros 29,5% farão aplicações naqueles que têm entre 30 e 34 anos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 5 de agosto e reuniu dados de 1.328 municípios. Das prefeituras que participaram do levantamento, 25% reclamaram de falta de vacinas nesta semana, especialmente para a primeira dose. Apenas 36 cidades relataram falta de imunizantes para aplicação da segunda dose — e desses, 72% apontaram a falta do imunizante da AstraZeneca, 56% da CoronaVac e 39% da Pfizer.

Além disso, mais de 40% dos gestores locais afirmaram que o número de casos confirmados de covid-19 diminuiu nesta semana. Já 12% indicaram não ter tido novos registros, 30% relataram estabilidade e 15% apontaram aumento. Em relação ao número de óbitos pela doença, 60% disseram não ter havido mortes, ao passo que 17% relataram estabilidade, 13% apontaram queda e 9% afirmaram que houve aumento.

Ainda de acordo com a pesquisa, a taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) também apresentou cenário positivo nesta semana: 43,8% dos municípios estão com índices abaixo de 60%, 30,3% entre 60 e 80% de ocupação e apenas 13,6% acima de 80%.

Sobre a vacinação, o infectologista Julival Ribeiro chamou a atenção para a necessidade de se manterem os cuidados mesmo após de completado o ciclo de vacinação. “A vacina só tem efeito depois de duas doses, no caso das vacinas de dose dupla. E, mesmo assim, deve-se esperar 15 dias para o efeito do imunizante. Além disso, temos a variante Delta, que é muito mais transmissível que as anteriores”, ressaltou, alertando que ainda não é possível abrir mão das medidas preventivas — como o distanciamento, uso de máscara, higienização das mãos e objetos.

 

(Correio Braziliense)

 

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